Durante Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada ontem, em Nova York, para discutir os avanços no combate à AIDS desde 2001, o ministro da Saúde, Humberto Costa, afirmou que a discussão sobre a propriedade intelectual e as patentes dos anti-retrovirais será inevitável, por causa do crescente encarecimento dos custos dos medicamentos. Costa disse que, esse ano, o governo brasileiro gastará US$370 milhões para a compra dos medicamentos, valor 50% maior do que o de 2004. O ministro também ressaltou a importância de se incentivar as pesquisas para o desenvolvimento de vacinas contra o HIV.
No evento, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, citou o programa brasileiro de combate a Aids como exemplo positivo para outros países. O programa trata 160 mil pacientes e monitora clinicamente milhares de infectados que ainda não desenvolveram a doença. O Ministério prevê aumentar o número de pacientes que recebem medicamentos antiretrovirais para 170 mil, até o final de 2005.
Mobilização
Hoje, a deputada Telma de Souza (PT-SP)defendeu uma mobilização internacional para que os medicamentos anti-retrovirais sejam disponibilizados universalmente. Telma participou de uma mesa-redonda na ONU e disse que o intercâmbio intelectual na área precisa fluir livremente, para facilitar o conhecimento sobre as modificações no perfil da doença.
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