A Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL), que representa cerca de 75% das empresas deste mercado no País ? anunciou a conclusão de uma pesquisa sobre o segmento relativa ao ano de 2012. Considerando o faturamento em reais, houve crescimento de 6,8% em 2012, comparado ao ano anterior.
Entre todos os grupos de exames, o de marcadores ósseos foi o que mais cresceu ? 91% – em faturamento. O pior resultado no período foi do grupo de Monitorização de Diabetes, que não atingiu sequer 0,5% do faturamento do ano anterior (2011).
A pesquisa também apurou que em termos de participação dos grupos pesquisados, os testes do grupo Doenças Infecciosas responderam por mais de 20% do total do faturamento no ano de 2012.
IVD
Embora o mercado brasileiro de diagnóstico in vitro (IVD) tenha crescido em 2012, como nos anos anteriores, o total de exames realizados ainda é pequeno frente ao tamanho da população brasileira. O levantamento da CBDL indica que o consumo per capta ficou abaixo de 8 exames por habitante.
Liliana Perez, presidente da CBDL, explica que a média considera exames pré e pós-cirúrgicos, de acompanhamento de alguns grupos de pacientes (diabéticos, oncológicos, portadores de HIV, imunodeprimidos etc) e todos os exames realizados com a coleta de sangue. A média é muito inferior à registrada na Europa (23,6 testes por habitante ao ano).
Regulação
Outra questão constatada pela pesquisa sobre o mercado de IVD é o da não atualização ou inovação dos produtos e equipamentos oferecidos pelas empresas. Para Liliana, a situação está ligada às determinações da RDC 25/10, da Anvisa, que determina que as fábricas de produtos, equipamentos ou insumos do segmento localizadas no exterior devem ser inspecionadas previamente à concessão de registro de produtos ou a renovação dos mesmos por técnicos da Anvisa.
Para ela, o problema não são as inspeções, mas a capacidade da Anvisa de realizá-las. Liliana diz que a demora impõe às empresas do segmento uma revisão nos planos de negócios, principalmente de novos produtos ou equipamentos que podem não ser lançados no mercado brasileiro.
Outro fato que pode corroborar para uma eventual saída ou não renovação de um produto ou equipamento no mercado brasileiro é o custo do certificado de inspeção, composto pela taxa de inspeção, fixa em R$ 37 mil, mais os custos que as empresas terão com as solicitações, documentação e o acompanhamento da inspeção. O valor pode ser alto para testes comercializados em quantidade reduzida e de baixa lucratividade, diz a dirigente.
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