Quando a Medtronic anunciou a compra da Corventis, foi gerada, na comunidade, uma especulação sobre a maneira como a empresa de sensores cardíacos entraria nos negócios da Medtronic. Neste mês, a Medtronic anunciou que está finalmente entrando no mercado de sensores wearable. O Seeq MCT System, evolução de um sistema já apresentado pela Corventis antes da aquisição, é um adesivo com sensor cardíaco que pode ser usado por até 30 dias para monitoramento cardíaco contínuo.
A vice-presidente da Medtronic, Nina Goodheart, em declaração, disse que a maior contribuição da Medtronic ao desenvolvimento do sistema criado pela Corventis, foi a permissão para interface com o Centro de Monitoramento do Paciente da empresa. “O Seeq MCT System grava e armazena todo o histórico de batimentos cardíacos e pode transmitir estes dados via Bluetooth e conexão de celular para o Medtronic Monitoring Center.” Os técnicos da Medtronic monitoram os pacientes 24 horas por dia, todo dia, e ainda enviam relatórios diretos para os médicos do paciente.
No começo do ano, a Medtronic anunciou o Reveal Linq Insertable Cardiac Monitoring (ICM) System, que pode monitorar pacientes continuamente por até três anos, em casos de pacientes com arritmia, cujos sintomas são menos frequentes e não podem ser detectadas em um monitoramento de curto período. “Adicionando um monitor de curto prazo para complementar nosso Reveal Linq device, a Medtronic está oferecendo um portfolio de ferramentas diagnósticas que ajudam os pacientes com diferentes sintomas.”
O sistema é, atualmente, indicado para pacientes que experenciam arritmia cardíaca, cujos sintomas não são detectados com um monitor Holter de 24 horas. Os dados são coletados por um transmissor, originalmente designado como parte do sistema Nuvant. Goodheart diz que nas futuras versões do Seeq, deve ser possível utilizar um smartphone ou outro device mobile em vez de seu próprio transmissor. A empresa também explora como a tecnologia Seeq pode ser aplicada para outrs condições. “Nós continuamos investigando se há pacientes com outras condições cardíacas que possam ser beneficiados pelo nosso sistema. As futuras gerações podem utilizar outras tecnologias avançadas para ajudar os médicos a diagnosticar batimentos cardíacos irregulares nos seus pacientes, mas mais investigação será necessária.”