Com óculos de VR, o usuário vivencia o atendimento emergencial para salvar a vida da vítima virtual por meio da visão do socorrista
As paradas cardíacas matam mais de 300 mil pessoas por ano no Brasil, por isso é preciso estar ciente que a ressuscitação cardiopulmonar (RCP), em conjunto com a ação rápida de um Desfibrilador Externo Automático (DEA) com Feedback de RCP, pode reduzir esse índice. Para ajudar nesse processo, a CMOS DRAKE, indústria pioneira em DEAs na América Latina, e a MedRoom, startup de Realidade virtual (VR) voltada para educação e treinamento médicos, investiram em um projeto de imersão em a VR aplicada ao DEA com Feedback de RCP .
O objetivo da solução é fazer com que o usuário entenda importância da qualidade da ressuscitação cardiopulmonar em emergências cardíacas. Durante a imersão em VR, é possível interagir com o DEA e receber orientações de voz e texto idênticas às do modelo real do equipamento.
“O storytelling nessas situações extremas faz toda diferença. É muito mais eficaz para o socorrista saber que a vítima sofreu uma parada cardíaca durante o cooper matinal, por exemplo. O socorrista vai estar imerso em uma situação imprevisível e inesperada, e terá que agir com rapidez e precisão” comenta Vinicius Gusmão CEO da startup.
O dispositivo de feedback de RCP identifica a frequência e a profundidade das compressões torácicas e orienta para uma RCP de maior qualidade. O sistema demonstra, de forma interativa e com visualizações realísticas, cenários que podem ocorrer quando o procedimento de RCP é eficiente ou ineficiente, reforçando a importância de aprimoramento do atendimento com treinamento e auxílio da tecnologia.
“A interação entre o mundo físico, trazida pela ressuscitação cardiopulmonar, e da simulação, trazida pela realidade virtual é o grande ponto aqui. Você aplica a massagem torácica e os sensores captam a frequência e profundidade traduzindo em uma ação no mundo virtual. A situação do paciente, no VR, melhora conforme a aplicação correta do treinamento” complementa Sandro Nahia CTO da Medroom.
Sobre a MedRoom
A MedRoom aplica a imersão da tecnologia de realidade virtual (VR, do inglês virtual reality), junto a estratégias de gamificação para criar experiências destinadas a educação em saúde para faculdades e institutos de ensino. Por meio de um espaço digital, os estudantes podem analisar profundamente a anatomia e a fisiologia do corpo humano, visualizando cada órgão ou estrutura para entender as correlações entre eles. Acesse o site e saiba mais.
Sobre os sócios da MedRoom
A ideia da startup começou com Sandro Nhaia, especialista em computação gráfica com experiência no desenvolvimento de animações e jogos. Ele integrou a equipe do projeto Homem Virtual, da faculdade de medicina da Universidade de São Paulo de 2004 a 2008, que usava imagens tridimensionais e animações no ensino da Medicina. Ele conheceu Vinicius Gusmão, que é graduando em biologia e tinha experiência com healthtechs, em um Started Weekend, em 2015, e juntos enxergaram a oportunidade do negócio após verem que existia um gap enorme entre a teoria e a prática nas universidades. Então, em 2016 apresentaram o projeto para o Hospital Albert Einsten, que se tornou parceiro da empresa e passou a investir no desenvolvimento do projeto, junto com a aceleradora Grow+, que já trabalhava com a MedRoom.