As entidades dos médicos paulistas decidiram suspender o atendimento por guia de alguns dos principais convênios de saúde. A medida será adotada a partir de 30 de julho por tempo indeterminado, de acordo com a Associação Médica Brasileira (AMB). Os pacientes dos médicos que aderirem terão de pagar pelos procedimentos e solicitar o reembolso posterior. A decisão alcançará, inicialmente, todas as seguradoras de planos de saúde que atuam na cidade de São Paulo e que, em seus contratos com os usuários, já prevêem a possibilidade de reembolso: Sul América, Bradesco, Marítima, Porto Seguro, Unibanco e Itauseg.
Quanto aos planos de saúde de Medicina de Grupo, a decisão afetará, por enquanto, somente a Golden Cross. A ampliação para outros planos de Medicina de Grupo, Cooperativas Médicas e de Autogestão não está descartada, se as negociações não forem bem sucedidas.
Os pacientes devem pagar o valor da CBHPM – Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (R$ 42,00 a consulta) e será fornecido recibo para que eles possam solicitar ressarcimento, às operadoras, dos valores de consultas e demais procedimentos.
A suspensão foi decidida em assembléia informal realizada em São Paulo. Segundo a AMB, a medida visa obter o reajuste nos repasses da prestação de serviços. A categoria médica reivindica que seja seguida a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), critério de referência do setor que estabelece em R$ 42 o valor da consulta. A associação ainda anunciou que uma nova assembléia dos médicos foi marcada para 17 de agosto.