Reunidos em assembléia na última quinta-feira (21/10), os médicos da cidade de São Paulo decidiram, por maioria, voltar a atender os usuários da SulAmérica somente pelo sistema de reembolso, cobrando os valores da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). A seguradora tinha o atendimento normalizado desde 9 de setembro, data da assembléia anterior, quando solicitou uma trégua para negociar. O atendimento ao Bradesco, Unibanco AIG, Notre Dame, Porto Seguro, Marítima e AGF, suspenso desde 30 de julho, também continua por reembolso. As propostas do Grupo Unidas e das empresas de medicina de grupo Intermédica, Amico, Samcil, Amesp, Medial e Blue Life foram rejeitadas. Avicena e Interclínicas não responderam às solicitações de negociação das entidades. Serão agendadas reuniões setoriais para discutir o descredenciamento coletivo com os médicos credenciados de cada uma das empresas de medicina de grupo, escolhidas como alvo do movimento por pagarem menos de R$ 20 pela consulta.
A Comissão Estadual de Honorários Médicos também informou à assembléia que a Confederação das Unimeds do Estado de São Paulo (Confesp) já sinalizou a implantação da CBHPM e agendou uma reunião para o dia 28 de outubro, quando terão início as negociações. Uma nova assembléia geral está prevista para o dia 30 de novembro, em local a ser definido.
A assembléia entendeu que houve avanço nas negociações com as seguradoras, com propostas próximas aos valores da CBHPM na banda mínima, mas a maioria dos 300 médicos presentes decidiu continuar as negociações para que as novas propostas contemplem a CBHPM, em respeito à Resolução 1673/03 do Conselho Federal de Medicina, mantendo o atendimento por reembolso como forma de pressão.
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