A classe médica do Rio Grande do Sul decidiu estabelecer um prazo para que as operadoras de planos de saúde implantem a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). A Comissão Estadual de Honorários Médicos definirá hoje (20/07) a data em que serão expedidas notificações extrajudiciais para as operadoras. Se no prazo legal de 30 dias os planos de saúde não implementarem a Classificação, os médicos não atenderão mais pacientes pelos planos de saúde que desrespeitarem a Resolução 1.673/03 do Conselho Federal de Medicina (CFM). A assembléia decidiu, ainda, que a Comissão Estadual de Honorários Médicos irá negociar diretamente com o Sistema Unimed, assim como a Central de Convênios Médicos do Rio Grande do Sul será responsável pela negociação com os setores de autogestão, como o Grupo Unidas.
Os médicos de São Paulo também promovem hoje (20/07) assembléia na qual será discutida a eventual suspensão da prestação dos serviços aos planos, caso as empresas não respondam à reivindicação de implantação da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, como referencial mínimo de remuneração no sistema de saúde suplementar.
No último dia 15, venceu o prazo para que as empresas respondessem à reivindicação. Os médicos enviaram novas cartas aos convênios, prorrogando o prazo para que as intermediadoras de saúde se manifestem até hoje (20/07). Caso não se chegue a um acordo, existe grande possibilidade de os profissionais de São Paulo adotarem estratégia semelhante à praticada por colegas de 17 estados brasileiros, suspendendo a prestação de serviços a empresas por tempo indeterminado. Os estados com suspensão da prestação de serviço a planos, em diversos níveis, são: Acre; Alagoas; Amazonas; Bahia; Ceará; Distrito Federal; Goiás; Maranhão; Mato Grosso do Sul; Minas Gerais; Pará; Paraíba; Paraná; Pernambuco; Rio Grande do Norte; São Paulo (Grande ABC e Baixada Santista); Sergipe.
Médicos do Rio Grande do Sul estabelecem prazo para adoção da CBHPM
Profissionais paulistas também se reúmem hoje (19/07) para discutir movimento e ameaçam suspender atendimento
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