O AVC – Acidente Vascular Cerebral, ou derrame cerebral, como é chamado popularmente, é a primeira causa de incapacitação e redução da qualidade de vida e a terceira principal causa de morte no mundo. No Brasil, os acidentes cardiovasculares são a principal causa de morte, responsáveis por cerca de 30% dos óbitos do País, sendo que 80% dos casos são de origem isquêmica, ou seja, ocasionados pelo entupimento do vaso sangüíneo por meio de um coágulo. Devido à gravidade do problema, a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares reúne em São Paulo médicos especialistas em neurologia de todo país para discutir o tratamento da doença. Durante o encontro, serão estabelecidos parâmetros e regulamentações para o tratamento do AVC em todo território brasileiro, protocolo que será denominado Opinião Nacional. A iniciativa tem o apoio dos laboratórios farmacêuticos Boehringer Ingelheim e Solvay Farma.
O acidente vascular cerebral causa uma lesão súbita ao tecido cerebral e ocorre quando um vaso sangüíneo se rompe ou é obstruído por um coágulo. As células nervosas ficam privadas de oxigênio e morrem em poucos minutos. Conseqüentemente, as funções corporais controladas por essas células nervosas falharão. Os efeitos de um AVC muitas vezes são permanentes porque as células cerebrais mortas não podem ser repostas.
As conseqüências do AVC podem afetar diversos aspectos do paciente, tais como paralisia e fraqueza, habilidades de comunicação, fala, capacidade de compreensão, sentidos, além de raciocínio, emoções e memória. Entretanto, o rápido atendimento dos casos de AVC pode minimizar os efeitos do problema.
Uma vez que o tecido cerebral tenha sido danificado, não existe tratamento eficaz para sua regeneração. Tradicionalmente o tratamento do AVC agudo consiste na assistência de apoio e reabilitação, além de prevenção contra complicações. Até recentemente não havia terapias comprovadas à disposição para o tratamento imediato da “lesão” causada pelo AVC, com o fim de limitar a extensão do dano ao cérebro. O advento de uma nova classe de agentes nesse campo, os trombolíticos, como o Actilyse, cujo a substância é o alteplase, do laboratório Boehringer Ingelheim, tem potencial para reduzir a incapacitação e salvar vidas. Os medicamentos dessa classe agem dissolvendo o coágulo que impede o suprimento por meio da artéria.
Desenvolvido por meio de engenharia genética, o alteplase é o único medicamento aprovado pelo FDA para o tratamento do AVC. O medicamento deve ser administrado dentro de um intervalo de zero a três horas do início dos sintomas, pois é capaz de aumentar, em 30%, no mínimo, a probabilidade do paciente não ficar incapacitado ou de apresentar seqüelas mínimas, melhorando de forma significativa a qualidade de vida das pessoas acometidas por esta doença.
Serviço:
Opinião Nacional para regulamentação do tratamento de acidente vascular cerebral
Dia: 01.07.04
Horário: a partir das 10h
Local: Blue Tree Ibirapuera
Endereço: Av. Ibirapuera, 2577 – São Paulo (SP)
Médicos discutem regulamentação do tratamento de AVC
Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares reúne em São Paulo médicos especialistas em neurologia de todo País
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