Os médicos vinculados à SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), gestora de serviços de saúde da prefeitura de São Paulo, decidiram entrar em greve a partir da meia noite de quarta-feira (16) caso não tenham os salários atrasos integralmente pagos, inclusive com juros e correções monetárias correspondentes. A ação foi discutida em assembleia extraordinária realizada na quinta-feira (10) na sede do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp). Os atendimentos de urgência e emergência nas unidades serão mantidos.
Desde quarta-feira (9) os funcionários de parte das unidades municipais de saúde sob comando da SPDM estão parcialmente paralisadas. Aderiram médicos, enfermeiros, dentistas de postos das zonas leste e sul da capital paulista.
Aproximadamente mil médicos, além de trabalhadores pertencentes a outras categorias, estão sendo afetados pelo atraso salarial referente ao mês de setembro, segundo os grevistas. Seria o terceiro atraso do ano sem justificativa anunciada pela SPDM. O pagamento de plantões extras também estariam atrasados.
Na noite da próxima terça-feira (15) haverá nova assembleia na sede do Simesp para discutir as condições de trabalho e avaliar novas propostas da organização.
Em nota, a SPDM confirmou o atraso, justificando que os repasses da Secretaria Municipal da Saúde relativos aos serviços prestados não ocorreram. A entidade diz que os salários serão pagos assim que houver o repasse dos recursos da Prefeitura e negou que a população esteja sendo prejudicada por causa da paralisação.
A prefeitura, por sua vez, informou na quarta-feira (9) que emitiu ordem de pagamento de R$ 8,8 milhões dos atendimentos realizados nas unidades de saúde sob gestão da SPDM. Devido a remanejamentos orçamentários, segundo a secretaria, os recursos não foram transferidos para a conta da entidade.
* com informações do jornal O Estado de S. Paulo