Os 69 médicos cubanos que foram impedidos de atuar no Programa Saúde da Família, no Tocantins, já voltaram a Cuba. Eles embarcaram em Brasília, hoje à tarde. Ontem, a Justiça acatou o pedido do Conselho Regional de Medicina, que alegava que os médicos não poderiam exercer a profissão por falta de registro. Em 1997, o Governo do Estado fez um acordo com Cuba para que os médicos viessem atender populações carentes de 60 municípios. De acordo com a Agência Brasil, o juiz Marcelo Velasco Albernaz, da 1ª Vara de Justiça do Tocantins, alegou que os profissionais do estado deveriam exercer regularmente a medicina. Albernaz criticou a falta de validação dos diplomas. “Da mesma forma que o estado contrata,hoje,médicos estrangeiros ilegais, poderá, amanhã, sob o mesmo fundamento, querer se utilizar de curandeiros”.
De acordo com o Conselho Regional de Medicina, os cubanos não provaram ser médicos e não conhecem a realidade do Estado. O Governo alega que os profissionais locais não querem preencher as vagas e afirma que, no último concurso público, não houve candidatos ao cargo de médico.