O país precisa de mais investimentos na saúde, de uma política de recursos humanos para os profissionais da área e de uma agência nacional de saúde suplementar que cumpra de forma satisfatória seu papel de intermediadora entre as empresas, os médicos e os usuários dos planos. Estas reivindicações foram apresentadas pelo presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz d”Avila, à presidente eleita Dilma Rousseff durante encontro realizado em 20 de novembro, em São Paulo.
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Do almoço, organizado pelo cardiologista Roberto Khalil, participaram outras 28 lideranças médicas, que apresentaram para Dilma suas expectativas para os próximos anos. “Deixamos claro que o Brasil não pode conviver com três tipos de Medicina: a praticada no SUS, a proporcionada pelos planos de saúde e a exercida nos consultórios particulares. Queremos o fortalecimento da assistência pública para evitar a desigualdade”, pontuou o d”Avila.

O presidente do CFM considerou a conversa com Dilma Rousseff muito produtiva. “Defendemos a proposta de criação de carreira de Estado para o médico e apresentamos nosso ponto de vista sobre a volta da CPMF”, acrescentou d”Avila, para quem as entidades médicas são contra o aumento da carga tributária e defendem a aprovação da regulamentação da Emenda Constitucional 29 como forma de melhorar o financiamento do SUS.

“A presidente mostrou disposição ao diálogo”, ressaltou Roberto d”Avila. Para ele, este encontro – no momento em que se desenha os rumos do novo governo – confirma o fortalecimento da categoria. “Isso é um avanço importante e o reconhecimento das entidades médicas no espaço político”, disse. O CFM encaminhará nos próximos dias relatório com suas posições ao gabinete de transição, que deve ter como base o Manifesto dos Médicos à Nação, aprovado pelo XII Encontro Nacional das Entidades Médicas (Enem), realizado em julho, em Brasília.
Segundo d”Avila, a presidente eleita também se comprometeu com a indicação de um nome com “perfil técnico” para ocupar o cargo de ministro da Saúde. “Ela afirmou que o escolhido não será um político, mas alguém que assuma a responsabilidade de melhorar o Sistema Único de Saúde”, finalizou.

Entre os presentes ao encontro estavam os médicos Drauzio Varella, Raul Cutait e Guilherme Almeida; o diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Maurício Ceschin; o presidente do Instituto do Coração de São Paulo (Incor-SP), Noedir Stolf; o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), José Luiz Gomes do Amaral; a secretária de Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Linamara Batisttella; e o deputado federal Antonio Palocci (PT-SP), um dos coordenadores da campanha de Dilma para a Presidência.

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