Novas pesquisas, equipamentos de última geração, cirurgias avançadas. Como fazer com que essas informações cheguem aos ouvidos do consumidor final – o paciente – sem parecer apenas propaganda do próprio profissional de saúde? Primeiro, é preciso separar marketing de propaganda. O marketing na medicina deve estar diretamente relacionado ao benefício à saúde pública. Um profissional realiza um bom trabalho de marketing quando apresenta à sociedade algum tipo de esclarecimento sobre saúde. O Código de Ética do Conselho Federal de Medicina proíbe a prática da propaganda, conforme observado no artigo 131 do capítulo XIII: “É vedado ao médico permitir que sua participação na divulgação de assuntos médicos, em qualquer veículo de comunicação de massa, deixe de ter caráter exclusivamente de esclarecimento e educação da coletividade”. O marketing na medicina ainda é visto de forma negativa porque muitas vezes está relacionado à propaganda enganosa. Uma das formas de vencer esta barreira é focar as atenções, num primeiro momento, no marketing interno – ou seja, investir nos pacientes que já freqüentam o consultório. Se fôssemos montar um consultório médico, agora, recomendaria o investimento em pessoas, presença física e processos internos. Quando você atende bem o paciente, ele se torna propulsor da informação do seu trabalho.

Heloísa Borges, diretora de Relacionamento e Marketing do ICS e coordenadora do Curso Marketing Aplicado para Médicos.Site: http://www.ics.med.br