Cuidados de saúde universais são um poderoso instrumento para combater a desigualdade. O depoimento de Margaret Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), desta terça-feira (10), pode trazer uma reflexão para o Brasil. A partir da frase podemos pensar que o Sistema Único de Saúde (SUS), que originou o sistema de saúde brasileiro, é o modelo ideal a ser seguido, afinal foi estabelecido sob o preceito da universalidade. Entretanto, o contexto é mais complexo que isso.
A permissão do capital estrangeiro em hospitais e clínicas, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, mais uma vez evidenciou as divergências ideológicas presentes em nosso País ainda enraizadas no velho capital x social ou na visão de que o lucro é gerado em detrimento do interesse de todos.
Mas a questão é: será que o SUS, sendo regido sobre o Estado, garante que os cuidados de saúde estão sendo pensados sob a égide universal?
Como chegar no real cuidado universal?
Enquanto a precisão da frase cuidado universal ainda permanece distante e a solução não parece pertencer a um sistema público ou privado Margaret, da OMS, permanece dizendo que “os sistemas de saúde não vão automaticamente caminhar em direção à maior igualdade ou evoluir naturalmente no sentido da cobertura universal. Dessa forma, segundo ela, esses resultados requerem medidas deliberadas”.