Lançado nesta quarta-feira, 5, o Plano de Aceleração do Crescimento da Saúde, denominado Mais Saúde, prevê mudanças na gestão das unidades ligadas ao Sistema Único de Saúde, a recomposição da tabela de procedimentos da rede pública de atendimento, ampliação no atendimento do Programa Saúde da Família (PSF), além de incentivos para a produção nacional de materiais e medicamentos.
O programa foi dividido em quatro pilares estratégicos, sendo eles: promoção e atenção à saúde; gestão, trabalho e controle social; ampliação do acesso com qualidade;  desenvolvimento e inovação em saúde. O investimento será de R$ 89 bilhões nos próximos quatro anos, sendo R$ 64,6 bilhão do Plano Plurianual e R$ 24 bilhões da CPMF e EC 29.
PSF
Em promoção e atenção à saúde, o objetivo do governo é ampliar o atendimento do PSF, chegando a 40 mil equipes e atendendo a 130 milhões de brasileiros, contra os 90 milhões atuais. Dentro do novo modelo, as equipes visitarão as escolas públicas duas vezes por ano para examinar as crianças e identificar os problemas de saúde mais comuns para assim direcionar ações específicas. O programa receberá investimento de R$ 844 milhões.
O plano também prevê ações específicas para a saúde do homem, com consultas, exames de prevenção e planejamento familiar, que receberá investimento de R$ 227 milhões.
SUS
Para melhorar o atendimento no Sistema Único de Saúde, o Mais Saúde, prevê a criação de 132 Unidades de Pronto Atendimento em todo o país que funcionarão 24 horas e oferecerão atendimento ambulatorial e realização de exames simples. A iniciativa visa desafogar o atendimento nas unidades de emergência dos hospitais.
O programa pretende ainda implementar 20 novos Centros de Atenção Oncológica e custear outras 40 unidades; reestruturar 300 serviços de hemodiálise; habilitar 6.370 leitos de UTI e mais 366 unidades de terapia renal, 155 de serviços de cardiologia, 230 de neurocirurgia e 186 de traumato-ortopedia. Além disso promete investir na reforma e compra de equipamentos para 140 hospitais de ensino e 260 hospitais filantrópicos,  e concluirá obras ou  reforma de 244 hospitais e unidades de saúde públicas. O investimento total será de R$ 3,3 bilhões. Na recomposição da tabela do SUS serão investidos R$ 5 bilhões, sendo R$ 3 bilhões de recursos novos.
No que tange a gestão das unidades, o governo pretende implantar os projetos de  contratualizações com os estados e municípios, estabelecendo metas e indicadores no setor, além de criar as fundações estatais de direito privado.
Fomento à indústria
Estabelecendo parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Social e com a Financiadora de Estudos e Pesquisas, o Mais Você também contempla o segmento produtivo do setor. Serão disponibilizados R$ 3 bilhões para financiar as indústrias de equipamentos, materiais e medicamentos. Como estratégia de fomento, o governo se apoiará no poder de compra do estado para incentivar a produção nacional no setor médico-hospitalar.