O segmento de diagnóstico por imagem no Brasil está aquecido. Além dos investimentos recentes da Philips para começar a produzir aparelhos de ressonância magnética no país e do anúncio da GE Healthcare de criar uma nova fábrica de equipamentos em território nacional, a francesa Guerbet também vai ampliar sua linha de produção na planta local.
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A empresa, especializada em contrastes para exames de imagem, investiu cerca de R$ 500 mil para iniciar a produção do Dotarem, composto que auxilia na visualização nos exames de ressonância magnética, na fábrica localizada no Rio de Janeiro. A opção atende a uma estratégia da empresa. “A fábrica da França começou a ter problemas de capacidade para atender a demanda pelo produto, por isso, decidiu iniciar a produção do composto no Brasil. A produção daqui também servirá de back up para o mercado europeu, ou seja, podemos suprir qualquer demanda da fábrica francesa em caso de necessidade”, destaca o diretor comercial da Guerbet, André Coutinho. Hoje, 30% do que a Guerbet produz nacionalmente é exportado para outros países da América Latina e para o mercado francês.
O investimento na nova linha de produção integra o planejamento de melhorias para a fábrica local no médio prazo. Para os próximos cinco anos, a empresa prevê um aporte de R$ 6 milhões na modernização da fábrica brasileira. “Tivemos um crescimento expressivo nos últimos anos no mercado brasileiro, sobretudo com o Dotarem e nossa intenção é manter esse ritmo”, aponta Coutinho. Hoje a empresa detém 41,5% de market share de contrastes para ressonância magnética no Brasil. O crescimento é atrelado a dois fatores: aumento de investimento público em diagnóstico por imagem e ao crescimento da taxa de emprego formal, o que leva mais pessoas a utilizarem os serviços privados de saúde. “Com a produção local, teremos condição de crescer ainda mais nesse segmento”.
Para este ano, na projeção do executivo, a Guerbet deve apresentar um crescimento de 14%, mesmo diante da crise. “Não sentimos nenhuma alteração neste ano, mas para o ano que vem devemos crescer menos. É difícil precisar o quanto, mas deve girar em torno de 10%. A demanda por exames não diminui com a crise”, finaliza.