O ano começou, as férias terminaram e todo mundo já entrou no ritmo de sempre.
A rotina volta a fazer parte das nossas vidas e algumas coisas permanecem inalteradas. Infelizmente, entre elas, as respostas evasivas da ANVISA, o tempo exagerado de análise dos processos e indeferimentos motivados por razões que a própria razão desconhece.
Nunca vi tantos empresários se esforçando para sair da área da Saúde nem tantas empresas à venda. Isso é resultado, em parte, do aumento dos custos regulatórios e do exagerado número de normas a cumprir, somada à dificuldade em se lançar novos produtos no Brasil.
Bom que se diga que a saraivada de tiros pega indistintamente empresas nacionais e estrangeiras, de diversos portes e em diversos segmentos controlados pela ANVISA. Some-se à isso a legislação tributária vigente e a burocracia desinteligente e teremos um ambiente absolutamente inóspito para a criação de novas empresas no setor, bem como para atrair investimentos estrangeiros.
Infelizmente o ano é novo, mas os hábitos e as políticas setoriais são velhas. O Brasil perdeu atratividade. Estamos entre os últimos na lista de países em crescimento.
Ou a sociedade se organiza e cobra do governo ou seremos vítimas da nossa própria imobilidade.