Há mais de seis anos como prestadora de serviços para a Santa Casa de São Paulo, a Logimed, empresa do grupo Andrade Gutierrez, comunicou ao mercado nesta terça-feira (06) a rescisão do contrato de prestação de serviço com a entidade, tida como seu principal cliente, depois de inúmeras tentativas em busca de um acordo para recebimento de faturas devidas.
A Logimed tem a receber da Santa Casa R$ 79 milhões em dívidas atrasadas por serviços já prestados e materiais e medicamentos já entregues. Por conta disso afirma ter acumulado dívida de R$ 11 milhões com seus fornecedores e registra protestos contra a empresa no valor de R$ 3,5 milhões.
O impacto deve ser doloroso para a maior entidade filantrópica que acumula um déficit de R$ 400 milhões. A gama de serviços conduzidos pela Logimed era grande: compra, venda, transporte, armazenagem e distribuição de materiais e medicamentos. Para se ter uma ideia, a empresa possui 148 funcionários que atuam dentro da filantrópica, que agora terão de cumprir aviso prévio. Mediante decisão, a Santa Casa informou que vai internalizar esses serviços antes contratados.
A companhia, que afirma ter faturas vencidas e não pagas desde julho de 2014, alega que a decisão de rescindir o contrato está respaldada em cláusula contratual que prevê o encerramento do serviço em caso de não recebimento por 3 meses consecutivos.
O Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) marcou para a próxima sexta-feira (9) uma reunião entre médicos e representantes da direção do hospital para discutir os salários atrasados. O sindicato disse ter recebido confirmação de que os salários de dezembro serão pagos hoje e os dos demais meses em atraso, até o dia 23, de acordo com o Simesp.
*Informações atualizadas com Agência Brasil às 14h50, do dia 7 de janeiro