A halitose é um odor desagradável exalado pela boca. Não é considerada uma doença, apenas um sinal de que algo está errado no organismo, ou seja: um sintoma. Segundo a Associação Brasileira de Pesquisas dos Odores Bucais – ABPO, a incidência do mau hálito no Brasil chega a 40%, sendo que a maior incidência ocorre em indivíduos de 65 anos, devido à redução da função das glândulas salivares.

Existem vários fatores que causam esse incômodo, podendo ser bucais e não bucais, fisiológicos ou patológicos. De acordo com o ortodontista Daniel Soares, da Orthos Odontologia, as causas mais comuns são: inadequada higiene oral, próteses mal adaptadas, restaurações defeituosas e formação de saburra lingual. “Essa última é um material viscoso que fica aderido ao dorso da língua, responsável pela produção de componentes de cheiros desagradáveis”, explica o especialista.

“Já existem vários métodos para o diagnóstico da halitose. Um deles é a sialometria, que mede o fluxo salivar e, com isso, ajuda na melhor análise do problema”, ressalta Dr. Daniel. O tratamento deve ser realizado por um dentista e o tempo varia de acordo com o paciente e a complexidade de cada caso.

O ortodontista recomenda que nos casos de disposição ao mau hálito, deve-se ter cuidado com a higiene bucal e, também, com a alimentação. É necessário evitar fritura e alguns legumes, dar preferência ao consumo de leite desnatado, evitar bebidas alcoólicas e cigarro.