Crescendo em ritmo acelerado, o Laboratório Sabin apostou em uma solução de automação para manter a operação na velocidade desejada. ?Nossa proposta é investir em inovação e eficiência analítica, tendo sempre em vista a gestão do cuidado da saúde?, afirma a diretora técnica da organização, Sandra Soares Costa.
O setor de imunoquímica ? que concentra bioquímica, exames de hormônio e imunologia ? concentra 70% do volume de exames do laboratório, apresentando um crescimento de 25% a 30% já nos anos anteriores ao projeto, segundo a superintendente Técnica, Lídia Abdalla.
?O Sabin vinha buscando inovação no Núcleo Técnico-Operacional, sempre visando o conforto do paciente: como conseguir liberar resultados mais rápido, com confiabilidade, entre outros fatores?, comenta Lídia. Frente ao crescimento apurado no setor de imunoquímica ? com base em estudos de desempenho ? o laboratório acabava instalando novos equipamentos, do tipo stand alone, o que acarretava na necessidade de novos profissionais para atuar em controle de qualidade, manutenção, calibração e análise de resultados.
?Nosso parque tecnológico estava se tornando uma estrutura muito grande. Perdíamos em agilidade, além de precisar colher muitos tubos de sangue dos pacientes, para passá-los em diferentes equipamentos?, explica a superintendente. O Sabin passou a buscar uma solução de tecnologia para integrar o setor de imunoquímica, visando ganhos em produtividade, qualidade, agilidade na entrega e eficiência analítica. ?Tínhamos metas mais ambiciosas e o estudo de um projeto de expansão se iniciava. Estes foram os pilares definidos para sustentar o crescimento?, relata Lídia.
O Laboratório Sabin decidiu pela renovação de seu parque tecnológico, automatização e robotização dos processos, com a instalação de esteiras, gerenciamento de amostras clínicas para exames e integração de equipamentos ? integrados na plataforma LabCell, da fabricante Siemens. O projeto recebeu investimentos de cerca de R$ 4 milhões.
A implementação teve início em 2008, com o envolvimento do Núcleo Técnico Operacional, do setor de imunologia (gerente de produção, gerente técnica, coordenadora técnica, médicos e bioquímicos) além da equipe de TI. Houve, ainda, participação do time de marketing, para divulgação do projeto à classe médica e pacientes, segundo Lídia. ?O desafio foi do tipo ?trocar a turbina com o avião em voo?, pois tínhamos de manter o nível de atendimento em paralelo à implantação dos novos equipamentos, validação e montagem da esteira?, conta a superintendente.
O pioneirismo do Sabin em adotar a solução no País somou-se aos desafios. ?Recebemos engenheiros norte-americanos, únicos a deter o know-how sobre as esteiras integradas?, detalha.
Resultados consistentes
Com a ampliação do parque tecnológico e do turno de operação, houve aumento da capacidade de produção. ?Desde 2009, temos uma média 10% a 15% de ganho de produtividade ao ano, no setor de imunoquímica. Portanto, mantivemos o crescimento, agora com ganhos. Em 2011, instalamos a segunda plataforma.?
Dentro do ganho de produtividade, Lídia menciona a agilidade na liberação dos resultados, que passou de um prazo de 24h a 48h para 12h. ?Atualmente, 98% de nossa rotina está entre 8h e 12h para liberação do exame. Pacientes e médicos ganham com isso?, detalha.
Entre os resultados, está a atualização tecnológica dos processos produtivos, uma estratégia da organização. ?Conseguimos reduzir o número de tubos de sangue colhidos do paciente, o que lhe proporciona conforto?. Isto acontece porque as esteiras somam 20 metros de comprimento, compostas por três gerenciadores, que distribuem as amostras nos equipamentos em uma velocidade de 1.200 tubos/hora e realizam vários exames em um mesmo tubo. Com este mecanismo, o Sabin apurou também benefícios em sustentabilidade, com a redução de 30% a 40% no material descartado no setor de imunoquímica.
O novo processo diminuiu a exposição dos técnicos ao material biológico coletado, conferindo mais segurança nos procedimentos. ?Quem destampa o tubo de sangue, hoje, é a máquina. Antes, podia acontecer de espirrar soro ao abrir o tubo?, comenta a superintendente.
Além da otimização dos processos, a tecnologia agrega credibilidade. ?Pessoas que antes faziam operações muito manuais, estão agora focadas em trabalhos mais especializados, como controle de qualidade e verificações mais refinadas?, afirma. O gerenciamento de toda a plataforma está centralizado no software CentraLink, também implantado pela Siemens, que possibilita a integração dos equipamentos. E o controle de qualidade pode ser realizado a distância pelos gerentes técnicos responsáveis.
Inovação que permeia a empresa
De acordo com Sandra, o Laboratório Sabin continuará a consolidar, em 2013, o planejamento realizado este ano, prevendo novas unidades, equipamentos e tecnologia. ?Isso gera novos negócios e empregos?, declara. A inovação também se manterá em pauta, permeando toda a empresa e passando por todos os processos.
Tags