Foco na redução de infecções hospitalares. Foi com este objetivo que o laboratório Richet, no Rio de Janeiro, apostou em investir R$ 200 mil na aquisição de um equipamento responsável pela realização do exame Cepheid Xpert MRSA. Há três meses a unidade está realizando estudos no Hospital Samaritano (RJ) sobre a eficácia do teste e em quanto os custos hospitalares poderão ser reduzidos com o equipamento.
A bactéria é responsável por 60% das infecções em UTIs norte-americanas e 40% no Brasil. Com a aquisição do equipamento, os custos nos hospitais dos Estados Unidos sofreram uma redução de 70%, o mesmo é estimado nas unidades brasileiras.
“A queda nos custos se deve a significativa redução de tempo de espera para o resultado do exame de MRSA – que libera o diagnóstico em apenas 75 minutos”, explica o diretor médico do Laboratório Richet, Hélio Magarinos Torres Filho. Normalmente, os exames para este tipo de bactéria levam até 72 horas para serem diagnosticados pelos laboratórios. Durante este período, os pacientes suspeitos ficam em isolamento, recebendo medicações e gerando custos aos hospitais.
No Brasil, a média é de 45 mil óbitos por ano em cerca de doze milhões de internações hospitalares, o que resulta em um gasto de R$10 bilhões anuais.
De acordo com o especialista, o custo do exame realizado pelo Cepheid Xpert MRSA é até sete vezes maior que o tradicional. Por outro lado, quando analisado a longo prazo a aquisição do aparelho reflete em benefícios. “Com ele, é possível reduzir o tempo de internação e diminuir o tratamento para infecções”, conta. Além disso, a máquina ainda pode ser usada em diagnósticos relacionados à meningite, leucemia e tuberculose.
O próximo passo do laboratório Richet é inaugurar duas unidades no centro do Rio de Janeiro ainda em 2009. O projeto de expansão consumiu quase R$ 500 mil da empresa, que já estuda investir mais R$ 750 mil em 2010. “Nossos planos se estendem até o final do próximo ano com a inauguração de outras três unidades, ainda sem datas definidas”, ressalta Torres.
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