Chega às livrarias “As árvores de São Paulo”, o quarto livro da poeta paulistana Karin Schmidt Rodrigues Massaro, pela Scortecci Editora. O lançamento será no dia em 17 de março, em noite de autógrafos, iniciada às 18h30, na Livraria da Vila, do Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo.
Professora Doutora pela USP, médica hematologista, Karin utiliza a poesia como um vigoroso canal de expressão e constrói imagens combinando com familiaridade e destreza estes universos tão incomuns. Parte da força dos seus versos reside no uso de termos relacionados à temática médica como “intramitocondrial” e “pancreatite”, impensados para outros poetas, mas absolutamente espontâneos na escrita de Karin. Estas palavras surpreendem o leitor e reforçam a dramaticidade dos temas predominantemente intimistas.
Muitos poemas de “As árvores de São Paulo” refletem ao mesmo tempo a complexidade psicológica do mundo feminino e um espírito de rebeldia, que a autora faz questão de preservar, como nestes versos: “… Nada de truques pra hoje:/ pego a bolsa e o celular/para driblar mais um dia…/À noite, se eu voltar/ mais um jornal vai pro lixo /mais um sapato a voar…”
As árvores mencionadas no título deste novo livro de Karin permeiam toda a obra em palavras e imagens captadas da autora, junto a algumas espécies frequentes na paisagem paulistana.
Na série de Insonia (VI, VII,VIII…XII) Karin mostra a poesia como companheira inseparável na superação da angústia pela incapacidade de dormir e revela o renitente hábito da escrita noturna. “O terror noturno não foi embora /e a insônia ainda me afeta… / Infecta também./ Sou do grupo dos sem-solução,/ dos dramáticos incorrigíveis / belos irônicos / algo sinistros / insones…”
“Gosto de temas das dores humanas e do mundo, aquilo que não é sempre retratado, aquilo que fica à sombra”, explica Karin.
Perfil da autora
Médica por profissão, poeta por opção. Assim define-se a Professora Doutora Karin Schmidt Rodrigues Massaro. Formada em Medicina, especializada em Hematologia, com mestrado e doutorado pela USP. É coordenadora do serviço de hematologia do Hospital Santa Catarina, em São Paulo. É sócia-diretora e presidente do conselho da indústria de equipamentos médicos Fanem. Karin escreve poesia desde os 6 anos de idade quando ganhou de presente uma máquina de escrever Hermes de sua mãe e grande incentivadora, a empresária Marlene Schmidt. Gosta de preservar o caráter espontâneo de suas poesias, anotando-as sempre em um inseparável caderno. Publicou aos 15 anos seu primeiro livro, “Plano e Convexo”, uma coletânea de poemas e crônicas. Em 2000, foi premiada pela Câmera Brasileira de Jovens Talentos, por seu segundo trabalho publicado: “Amor e Hepatite Viral”. Seu terceiro livro, “Sangue Quente”, foi prefaciado pelo ator Paulo Betti. Seu poeta preferido é Augusto dos Anjos, mas outras referências importantes para Karin são Carlos Drummond de Andrade, Camões, Cecília Meireles e Fernando Pessoa.