Há algum tempo atrás, quem diria que jogos seriam utilizados para auxiliar os médicos? Mas o fato é que atualmente os games estão sendo usados pelos pacientes e profissionais da saúde.
Por apresentarem resultados surpreendentes, o uso de jogos dentro da medicina tem sido o centro de diversos estudos e debates. Embora não haja unanimidade quanto à eficácia desse método inovador, a tendência é que a utilização desses games do bem aumente significativamente nos próximos anos.
O uso de jogos em tratamentos médicos possui inúmeras vantagens, pois atua oferecendo diferentes estímulos aos pacientes, promovendo a recreação, o desenvolvimento motor, a capacidade de raciocínio, a vontade de competir com a doença e vencer a limitação. Quer conhecer alguns desses jogos? Veja a lista que preparamos.
De olho nos games tradicionais
Quem disse que para surtir efeito precisa ser um jogo especificamente criado com finalidades medicinais? Games como Wii, Xbox e PlayStation podem ser bons aliados dos médicos e pacientes. pois acabam auxiliando expressivamente na reabilitação de pessoas com diferentes idades e perfis.
Fisioterapeutas recomendam especialmente os jogos com controle sem fio e os que possuem comandos que acompanham o movimento do corpo. Esse tipo de game é indicado para o tratamento de pessoas com doenças degenerativas, problemas vasculares ou até mesmo lesões pós-acidentes.
Os jogos Wii de lógica, cores, soma e esportes, como o tênis, boxe, boliche, vôlei e arco e flecha podem ajudar pacientes portadores de Parkinson, pois além de melhorar a concentração, tem uma ação importante sobre o controle dos tremores.
Vale destacar que a aplicação desses jogos no tratamento consiste em uma terapia complementar, que não substitui as consultas, exames e tratamentos convencionais. O jogo deve ser recomendado pelo médico e os resultados devem ser acompanhados pelo profissional. Nas sessões de Fisioterapia ou nas atividades domiciliares é importante também que o paciente conte com o apoio da família.
Re-mission 2 na luta contra o câncer
O câncer é uma doença séria, mas se o tratamento for encarado com leveza, a luta contra o tumor fica mais fácil de ser encarada. Foi pensando nisso que a HopeLab, organização médica sem fins lucrativos, lançou o Re-Mission no ano de 2006.
Trata-se de um jogo de tiro em primeira pessoa, cujo principal objetivo é destruir as células cancerígenas existentes no corpo do paciente personagem. Além de lutar contra essas células, o jogador é um agente quimioterápico, responsável por monitorar a saúde do personagem e informar todos os sintomas para a Dra. West.
Ao todo, o jogo apresenta vinte níveis de tratamento e ao passar de fase, o paciente jogador acaba aprendendo muito mais sobre a doença. Sendo assim, o Re-Mission não é só divertido, mas também informativo. Testes realizados com 375 pacientes apontaram resultados satisfatórios em relação ao Re-Mission, revelando que o jogo traz impactos benéficos aos pacientes que mantém contato com ele.
Health Month na mudança de hábitos
Health Month é uma rede de apoio que se apresenta em formato de jogo online. Essa ferramenta possui uma interface simples e a grande finalidade do game é ajudar os usuários a se policiarem quanto à prática de hábitos prejudiciais à saúde.
O jogo estimula a tomada de decisões saudáveis, além de auxiliar no combate ao sedentarismo. Logo no começo do jogo, o usuário pode estabelecer as metas mensais, passando assim a contar com o acompanhamento diário do site a fim de conquistar o objetivo final.
Uma atenção especial à CogCubed
A CogCubed produz jogos bem interessantes, que se configuram como bons aliados no diagnóstico do TDA (Transtorno de Déficit de Atenção). Nesse jogo, as crianças precisam bater com um martelo virtual em diferentes personagens que aparecem na tela. Os jogos foram criados graças ao investimento da Carnegie Mellon University.
Os jogos citados possuem um caráter lúdico e técnico ao mesmo tempo, de modo que eles envolvam o paciente, sem deixar de fornecer subsídios importantes para a atuação do médico.