Para estudar o cérebro, diversos métodos são utilizados, mas a dificuldade de acesso ao tecido cerebral é uma das dificuldades para estudos mais aprofundados e in loco.

No Instituto Nacional de Imagem Biomédica e Bioengenharia, David Kaplan, da Tufts University lidera um time de pesquisadores que estão criando um tecido cerebral em 3D com a utilização de neurônios de ratos que é estrutural e funcionalmente similar a um tecido de rato vivo. Além disso, o tecido permanece até dois meses vivo dentro do laboratório.

Para demonstrar o potencial como uma ferramenta de pesquisa, o time usou mudanças elétricas e químicas causadas por uma lesão traumática e, separadamente, mudanças causadas por uma droga. As duas lesões mostraram-se diferentes, atingindo partes diversas das substâncias cerebrais.

Quando os cientistas simularam uma lesão traumática, o comportamento dos neurônios foi similar às lesões de mesmo tipo em animais. O método se provou superior aos estudos com animais, porque não há intervalo entre o acontecido e a observação, ou seja, não requer dissecação, preparação de amostra e outros passos para a análise.

“Com o sistema que temos, você pode simplesmente acompanhar a resposta do tecido à lesão traumática em tempo real. E mais importante, você também pode passar a acompanhar o que acontece ao longo do tempo.”, disse Kaplan.

Tecnologia e saúde ainda nos trarão muitas novidades e, em um futuro não muito distante, poderemos utilizar essa técnica para estudar doenças como Alzheimer e seu impacto no cérebro humano. Esperamos que os usos sejam de máximo proveito científico e que milhões de pessoas possam ser beneficiados.