A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde (OMS) acabam de divulgar um estudo que indica que os investimentos públicos em saúde mental são insuficientes.
De acordo com a OMS, os governos devem destinar 5% do montante destinado ao setor para saúde mental. No Brasil, em 2005, dos US$ 15 bilhões voltados para o SUS, apenas US$ 358 milhões foram empenhados na saúde mental, o que representa 2,38%.
Outros pontos negativos são a infra-estrutura insuficiente e a mão-de-obra mal distribuída.
Hoje, o país conta com 5,5 mil psiquiatras, 12,5 mil psicólogos, 12 mil assistentes sociais, 3 mil enfermeiros psiquiátricos e 2,5 mil terapeutas ocupacionais, mas há concentração em centros urbanos e carência no interior.
Apesar do baixo investimento, o estudo destaca pontos positivos, como o programa “De Volta para Casa”, a criação dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e o aumento do número de leitos psiquiátricos em hospitais gerais.   
A política para a saúde mental, implementada há 16 anos, ajudou a concentrar forças na criação e manutenção de tratamentos alternativos à internação. Já foram criados 1,1 mil centros de tratamento que dispensam internação.
Atualmente, existem 848 CAPS, sendo que 673 são voltados para o tratamento de desordens mentais severas, 109 a problemas relacionados ao abuso de álcool e drogas e 66 especializados em crianças e adolescentes. A cada 100 mil habitantes, 1951 são atendidos pelo CAPS.