A programação da Arena de Reabilitação no segundo dia de Hospitalar falou sobre os desafios da saúde com relação a interoperabilidade. Sob curadoria da Prof. Dra. Linamara Rizzo Battistella,  o público visitante pôde acompanhar a palestra apresentada por Jacson Barros, especialista em healthcare AWS/Brasil Public Sector.

A interoperabilidade tem sido um tópico crucial no campo da assistência médica e seu papel no futuro é cada vez mais promissor. A capacidade de diferentes sistemas, dispositivos e aplicativos de saúde compartilharem e trocarem informações de forma eficiente e precisa se tornou fundamental para melhorar a qualidade do atendimento e facilitar a colaboração entre profissionais de saúde. 

No contexto atual, em que os avanços tecnológicos estão transformando rapidamente a forma como a assistência médica é prestada, a interoperabilidade emerge como uma ferramenta essencial para impulsionar a inovação e otimizar a prestação de cuidados. 

Inicialmente, Jacson exaltou que apesar da interoperabilidade estar mudando a forma como os processos são realizados, a falta de especialistas da área, pode levar a erros de comunicação e dificuldades na tomada de decisões clínicas.

“Todos falamos em dados e da necessidade de trabalharmos com eles, mas muitos não sabem como extraí-los, porque não conhecem o sistema. É essencial contar com profissionais de saúde capacitados e que  compreendam as nuances dos sistemas e saibam aproveitar plenamente as informações disponíveis”, ressaltou Jacson. 

Em outro momento da palestra foi realizada uma provocação aos visitantes em relação à importância da saúde digital. Para Jacson, além de ser necessário ampliar o processo de digitalização das instituições, é necessário ter um propósito. “A tecnologia por si só não é capaz de mudar a forma como conhecemos a saúde, é preciso que alguém opere a tecnologia e use os dados conseguidos de forma analítica e centrada no resultado”, completou.

Outra tecnologia bastante vantajosa e citada por Jacson foi a Cloud Systems. Segundo o especialista, as pessoas também não consideram o impacto de ter uma rede de computadores ligada na nuvem. “Precisamos considerar esse tipo de tecnologia, pois ela promove elasticidade, rapidez, agilidade, favorece um custo menor para as empresas e ainda promove segurança e uma operação resiliente aos processos”, explicou Barros.

Interoperabilidade e assistência médica 

A definição de padrões e protocolos comuns, o compartilhamento de melhores práticas e a troca de conhecimento podem ajudar a impulsionar a interoperabilidade e promover uma assistência médica mais integrada e centrada no paciente.

Superar esses desafios é fundamental para o futuro da assistência médica. A interoperabilidade efetiva permitirá uma melhor coordenação de cuidados, uma tomada de decisões clínicas mais informada, a redução de erros médicos e uma experiência mais fluida e integrada para os pacientes. 

“Com uma colaboração contínua, esperamos que cada vez mais a interoperabilidade desempenhe um papel importante na transformação da assistência médica. Além disso, a evolução das tecnologias é essencial para impulsionar a inovação, melhorar a qualidade do atendimento e otimizar os resultados de saúde”, finalizou o especialista. 

 

A programação da Arena de Reabilitação da Feira Hospitalar continua a todo vapor no terceiro dia! Confira os destaques para amanhã e não deixe de anotar a programação em sua agenda. Participe da Hospitalar 2023

15h20 – Álcool e acidentes de trânsito: monitoramento preditivo (almofada inteligente)

André Tadeu Sugawara l Médico fisiatra do Instituto de Medicina Física e Reabilitação IMREA-HCFMUSP

16h20 – A qualidade do sono: monitoramento remoto e contínuo

Marcel Simis l Chefe do Laboratório de Neuromodulação do IMREA- HCFMUSP