Com a Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) tornando-se forte realidade no cotidiano das pessoas, aplicações e dispositivos têm sido criados para os mais variados tipos de segmentos. O professor de pós-graduação da FIAP, Michel Fernandes, abordou durante a palestra eHealth e Internet das Coisas, realizada no IT Forum Expo/Black Hat, as principais tendências tecnológicas do conceito aplicadas à área da saúde.
Segundo o executivo, o conceito de eHealth engloba qualquer aplicação de internet que, utilizada em conjunto com outras tecnologias de informação, foca na melhoria do acesso, eficiência e qualidade dos processos clínicos e assistenciais em toda a cadeia de atendimento à saúde.
Dados do instituto de pesquisas Gartner apontam que o segmento possui um amplo espaço para ações e produtos inovadores. Porém, segundo Fernandes, os médicos possuem uma resistência grande em adotar medidas inovadoras. É preciso mostrar para os médicos que essas novas tecnologias estão mudando a vida das pessoas.
De acordo com o executivo, o sistema utilizado atualmente está obsoleto, e é necessária uma proposta de disrupção para adequar os tratamentos tradicionais às novas tecnologias que surgem para facilitar diagnósticos e tratamentos. Podemos usar como exemplo o estetoscópio. Todos os médicos utilizam um, mas não seria mais fácil usar um medidor eletrônico que já apresente imediatamente informações sobre oxigenação do sangue, batimentos cardíacos e pressão tudo em um único lugar? Se tempo é dinheiro, o que é o tempo para uma pessoa? Vida!, reflete.
Segundo Fernandes, diversos dispositivos já realizam monitoramento constante de questões relacionadas à saúde dos usuários, possibilitando inclusive o envio desses dados por meio da nuvem. O professor relata que a medida é importante por facilitar o atendimento do paciente, que pode enviar os dados para o médico avaliar sem que ele precise ir ao consultório ou ao hospital. Além disso, é possível que o médico mantenha um controle mais rígido sobre os tratamentos passados, visto que ele poderá visualizar as informações necessárias a qualquer instante, bastando apenas acessar o prontuário eletrônico de cada paciente.
O executivo conclui citando a importância dos processos de Big Data e analytics para que essas tendências realmente tornem-se realidade. Utilizar dados para chegar a causa raiz da doença é o principal avanço que podemos ter para tentar prevenir doenças, finaliza.
LEIA MAIS
E se a Saúde não acompanhar o ciclo da economia digital?
9 questões a serem observadas rumo ao futuro
Dispositivos móveis aumentam acesso ao eHealth
Big Data está nos planos de 73% das empresas nos próximos dois anos