Este ano, muitos pacientes com câncer avançado passarão o Natal e o Ano Novo em casa, com as suas famílias. Mas nem sempre foi assim. A tendência de manter o paciente em casa quando ele não tem problemas que exijam sua permanência no hospital, como necessidade de estar ligado a aparelhos, faz parte de um processo de humanização da medicina, que vem ganhando cada vez mais força no Brasil. Diversos centros médicos adotaram esta prática, e criaram serviços específicos para permitir que os pacientes possam conviver com a família. O serviço de Internação Domiciliar oferecido pelo Centro de Suporte Terapêutico Oncológico (CSTO), do Instituto Nacional de Câncer (INCA), do Rio de Janeiro, dá apoio aos familiares e estimula a manter os doentes em casa, contando com o carinho da família. O serviço oferece assistência material – como colchão caixa de ovo, cama, cadeira de rodas – e a presença de médicos, enfermeiras e assistentes sociais, que visitam os pacientes em internação domiciliar. Mesmo durante as festas de fim de ano, o serviço funcionará, dando mais segurança às famílias em manter os pacientes em casa.
A idéia é dar qualidade de vida a esses pacientes. A equipe multidisciplinar, que atua no controle dos sintomas, principalmente a dor, trabalha também as questões sociais e emocionais pendentes na vida do paciente.