Essa semana conversamos com Jerome Galbrun, líder global de Marketing de Electronic Medical Records (EMR) da Philips sobre a internacionalização do Tasy e como o sistema se encaixa na demanda de provedores. Caso não esteja familiarizado, o Tasy é um sistema de gestão de saúde que integra todas as áreas da instituição, otimizando seus processos.
A solução, segundo a empresa, fornece a hospitais públicos e privados uma plataforma de TI integrada que apoia todos os processos médicos, organizacionais e administrativos, como registros médicos eletrônicos (EMR), serviços clínicos especializados, gerenciamento de cama e medicação, bem como como agendamento e gerenciamento de suprimentos. Para os profissionais de cuidado, há fluxos de trabalho digitais, incluindo recursos de suporte a decisões clínicas, possibilitando que profissionais médicos façam decisões rápidas e confiáveis de diagnóstico e tratamento em todas as diferentes etapas da jornada do paciente, desde prevenção até cuidados agudos.
Segundo Jerome, “A maioria das instituições que implementam EMR vê seus custos de operações serem otimizados de forma muito significativa com nossa funcionalidade para gestão de medicação, por exemplo, e capacidade gestão integrada”. Além dos benefícios citados acima, ele diz que outra oportunidade na implementação de um sistema é o estabelecimento de um ambiente de TI seguro e completo que permite mobilidade de dados, e que pode se apoiar em Cloud, para um suporte ao cuidado ao paciente ainda mais eficiente.
Sobre os dados, ele relata que estes podem ajudar na transição de uma saúde baseada em valor dos provedores através da criação de inteligência clínica, suportada pela plataforma integrada. “As instituições de saúde podem monitorar suas atividades diárias através de painéis em tempo real e KPIs (indicadores chave de desempenho) combinando todos os dados relevantes e permitindo que eles se concentrem nos resultados do paciente.”, disse o executivo.
De acordo com dados levantados pela empresa, o Tasy tem uma posição bem consolidada no mercado da América Latina, com mais de 900 clientes entre Brasil e México. No ano passado, o software foi introduzido na Alemanha, e neste ano, em mais quatro países, Emirados Árabes Unidos, Omã e Índia. Esta última expansão foi possível através de uma parceria com a VPS Healthcare, a implantação ocorrerá em 18 instituições da rede.
Em termos de expansão, uma preocupação recorrente a soluções nacionais é a adaptação cultural da solução em relação ao setor de saúde de outros países, e o impacto que isso pode gerar em termos de desenvolvimento e modificações quando exportados.
“A internacionalização oferece a possibilidade de melhoria constante da solução, para que possamos continuar oferecendo inovações tecnológicas que atendam às necessidades globais da área de saúde. Para isso, dispomos de uma equipe multinacional que trabalha junto às principais instituições de saúde do mundo para superar os desafios de conformidade com a linguística e legislação local.”, explicou Jerome, em relação ao desafio.
O líder global da Philips também comentou sobre a visão dele em relação às similaridades do mercado brasileiro e estrangeiro na aderência do sistema de gestão. A nível mundial, existem uma série de desafios para as instituições de saúde, por exemplo a crescente procura por acesso a cuidados de saúde de qualidade e orçamentos apertados. Além disso, a interoperabilidade avançada na troca de informações sobre saúde é imprescindível para os hospitais que lidam com enormes quantidades de dados provenientes de vários sistemas diferentes. “A fim de satisfazer a demanda por cuidado e conter custos ao mesmo tempo, médicos e equipes de enfermagem são desafiados a trabalhar de forma mais eficiente e colaborativa em todas as disciplinas médicas. Esses desafios existem na maioria dos países em que atuamos hoje, como Brasil, México, Alemanha e Oriente Médio. A maneira mais eficaz de resolver esses desafios baseia-se na digitalização das instituições de saúde. O Tasy ajudou doze importantes hospitais brasileiros a receber a certificação EMR Adoption Model Stage 6, da HIMSS Analytics, o que significa que os hospitais são totalmente digitais e preparados para otimizar o cuidado à saúde com integração e análise de dados e segurança.”
Para finalizar, ficamos curiosos sobre quais projetos de inovação estão vindo por aí. A empresa tradicionalmente investe 7% do seu faturamento em inovação, são cerca de US$ 1,7 BI. Ele disse que o desenvolvimento das soluções da Philips seguirão três caminhos distintos: clínico, experiência do usuário e saúde móvel.
“Clinicamente, o próximo nível de integração conduzirá o desenvolvimento de sistemas de decisão clínica visando um foco maior na doença baseado em evidências clínicas. A inteligência em experiência de usuário, a relevância do diagnóstico e opções de terapia em tempo real serão reforçadas com a comunicação dos resultados aos médicos referentes, através de serviços baseados na web dentro dos hospitais e além das paredes dos hospitais. Em parceria com o Philips Design Group, a Philips pretende investir na melhor experiência do usuário, definindo novas vias e fluxo de trabalho para melhorar os resultados para os pacientes: a usabilidade, ergonomia e capacidade de resposta são os principais pilares. Na frente da mobilidade de dados, nossa ambição é desenvolver novas soluções que permitam aos clínicos se concentrarem em seus pacientes, enquanto compartilham dados com toda a cadeia da instituição. O portal do paciente, junto a soluções mobile permitirão maior envolvimento do usuário no tratamento de sua saúde.”, finalizou Jerome, sobre os próximos passos da Philips.