A Covid-19 acelerou os processos de inovação e digitalização em diferentes áreas, em especial no setor da saúde. Estudo da consultoria KPMG afirma que uma das principais tendências catalisadas pela pandemia foi a aceleração da transformação digital na cadeia de valor de saúde, por meio da adoção de tecnologias que permitam a entrada dos canais digitais (teleconsulta, telemedicina, prescrição digital).
Dados do relatório Inside Healthtech Report, elaborado pelo Distrito Dataminer, braço de inteligência de mercado da empresa de inovação aberta Distrito, apontam que, em 2021, o setor de startups de saúde já recebeu investimentos de US$ 52,3 milhões – 49,3% do total investido em 2020.
A Afya Educacional já estava atenta a esse movimento de digitalização da saúde antes mesmo da pandemia – tanto que, em 2019, ao decidir abrir seu capital, a empresa escolheu a bolsa americana Nasdaq. Como parte da estratégia de estar ainda mais próximo do médico, a empresa iniciou o investimento no mercado de serviços digitais voltados para a classe médica. O objetivo é consolidar sua posição como uma empresa completa dentro do setor de medicina (one stop shop), oferecendo educação médica de qualidade e uma série de serviços que agregam valor à rotina do médico.
“A estratégia de healthtechs do grupo Afya já está desenhada há mais de um ano. Estávamos muito atentos a este setor, que organiza e agiliza a rotina do médico e, com profissionais de saúde sobrecarregados e diante de desafios inéditos, estas startups ganham ainda mais relevância, oferecendo suporte para que o médico possa se concentrar na sua atividade, junto aos pacientes”, explica Virgilio Gibbon, CEO da Afya. De acordo com o executivo, os serviços digitais oferecidos pela Afya reforçam a vocação da empresa como uma parceira do médico. “Nossa empresa é vocacionada para cuidar e dar suporte a toda a jornada do médico, desde a graduação até a última especialização”, ressalta Gibbon.
Entre julho e novembro de 2020, três healthtechs foram incorporadas pelo grupo:
PEBMED – julho/2020
Iniciou suas atividades em 2012, com o lançamento de diversos aplicativos, depois concentrados em uma única plataforma, o Whitebook, plataforma de auxílio à tomada de decisões clínicas e atualmente líder em seu segmento no país:
– Utilizado por cerca de 400 mil médicos;
– Mais de 100 mil assinantes;
– Mais de 30 milhões de pacientes impactados pelo Whitebook, aproximadamente 13% da população do Brasil;
– Whitebook é um dos 10 maiores apps do Brasil pelo 5o ano consecutivo;
– 60% dos médicos brasileiros fazem parte do Whitebook, formando a maior comunidade médica do Brasil.
iClinic – outubro/2020
Startup criada em 2012 para oferecer, inicialmente, prontuário eletrônico a médicos. Com o tempo, a startup foi incorporando serviços como agendamento de consultas, marketing médico e gestão financeira de faturamento com operadoras de planos de saúde.
MedPhone – novembro/2020
Considerado uma ferramenta de “beira de leito”, oferece suporte ao profissional de saúde no atendimento ao paciente de várias formas: seja dando acesso a mais de 8 mil bulas de remédios, seja calculando as diluições necessárias para as medicações prescritas ou informando os preços dos remédios praticados em todos os estados do país. A Medphone é o 2º app do gênero no país, ficando atrás apenas da PEBMED.