O Journal of Medical Internet Research publicou um estudo realizado na França que descreve as características do uso de internet para fins de saúde em jovens de 15 a 30 anos e o nível de confiança destes usuários acerca desta informação. O grupo tentou verificar, também, qual a conduta e o comportamento destes pacientes em relação às consultas médicas.
Foi realizada uma pesquisa maior, a French Health Barometer 2010, uma pesquisa nacional com 27.653 participantes que verifica os comportamentos e problemas da população em relação à saúde. Foi feita uma distribuição randômica e escolhidos 1052 jovens da faixa etária citada e verificado o impacto destas informações no comportamento dos pacientes e na relação médico-paciente.
Em 2010, 48,5% dos pacientes usavam a internet para fins de saúde. 80% destes usuários confiavam na informação obtida e mulheres e indivíduos com maior renda tiveram mais tendência a fazer este tipo de uso.
Dentre os que não usavam, 75% disse que tinha as informações sanadas por outras fontes, 74% comentou que preferia visitar um médico e 67,2% referiu não confiar nas informações obtidas na internet.
O dado mais interessante, no entanto, é a relação dos indivíduos com sua saúde. Daqueles que procuravam dados de saúde na internet, um terço reportou mudança em comportamentos de saúde, como frequência de visita ao médico ou maneira de cuidar da saúde, devido às buscas online.
Os dados são poucos e, como em toda pesquisa com internet relacionada à saúde, primitivos. Deve-se, portanto, realizar uma pesquisa mais apurada e específica e seria interessante ver o resultado de um estudo tão grande em termos populacionais aqui no Brasil.