Segundo dados divulgados pelo IBGE, a produção industrial de abril registrou variação negativa de 2,1% frente a março na série livre de influências sazonais, após ter acumulado crescimento de 3,3% nos últimos três meses. Na comparação com abril de 2010, a indústria assinalou recuo de 1,3%. No acumulado do primeiro quadrimestre, a indústria ainda acumula crescimento de 1,6%, em comparação ao mesmo período de 2010. O indicador acumulado dos últimos doze meses (+5,4%) frente a igual período imediatamente anterior apresenta a menor variação positiva desde maio de 2010 (4,5%).
No confronto com março de 2011, todas as categorias de uso assinalaram queda, sendo que os bens de consumo duráveis (?10,1%) registraram o maior recuo. Os bens de capital recuaram 2,9%, ficando, portanto, acima da média da indústria (?2,1%); os bens de consumo semi e não duráveis (?1,5%) e bens intermediários (?0,6%) também registraram variações negativas nesta comparação.
Em relação a abril do ano passado, somente o setor de bens de capital apresentou variação positiva (0,1%), influenciado pelos bens de capital para equipamentos de transporte (7,0%) e bens de capital para construção (12,1%). O segmento de bens de consumo duráveis (?5,6%) registrou a maior queda dentre as categorias de uso, devido ao desempenho negativo de automóveis (?9,8%), eletrodomésticos (?12,9%) e artigos do mobiliário (?2,6%). Os bens intermediários assinalaram recuo de 0,8%, pressionado pelos resultados negativos dos setores de alimentos (?19,4%), têxtil (?12,9%), outros produtos químicos (?2,7%), produtos de metal (?8,0%) e refino de petróleo e produção de álcool (?1,2%).
No acumulado do ano, houve crescimento de 1,6%, sendo que todas as categorias apresentaram alta. O maior crescimento foi na categoria de bens de capital, que obteve avanço de 6,2% frente ao primeiro quadrimestre de 2010. Em seguida, estão os bens de consumo duráveis (2,3%), os bens intermediários (1,1%); os bens de consumo semi e não duráveis apresentaram avanço menos acentuado, de apenas 0,1%. No acumulado dos últimos 12 meses, por sua vez, o desempenho das categorias de uso foi o seguinte: bens de capital (13,7%), bens intermediários (5,8%), bens de consumo duráveis (3,5%) e bens de consumo semi e não duráveis (2,6%).
Setorialmente, na passagem entre março para abril do presente ano, foi observada queda em treze das vinte e sete atividades. Entre os setores, as maiores influências negativas sobre a taxa global vieram, por ordem de importância, de máquinas e equipamentos (?5,4%), produtos de metal (?9,3%), veículos automotores (?2,8%), alimentos (?2,4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (?7,6%) e refino de petróleo e produção de álcool (?1,4%). Entre as atividades que tiveram produção superior ao mês imediatamente anterior destacam-se: farmacêutica (3,3%), indústrias extrativas (2,5%), fumo (20,6%), metalurgia básica (1,4%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (6,6%) e outros produtos químicos (1,1%).
No confronto com mesmo mês do ano anterior, o decréscimo de 1,3% deveu-se ás variações negativas de dezesseis ramos pesquisados. Os maiores impactos vieram de alimentos (?8,2%), máquinas e equipamentos (?5,8%), indústria têxtil (?15,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (?10,3%), refino de petróleo e produção de álcool (?3,5%) e produtos de metal (?5,8%). Por outro lado, os impactos positivos mais relevantes vieram da indústria farmacêutica (17,6%) e de outros equipamentos de transporte (9,7%).
No acumulado do primeiro quadrimestre de 2011, o crescimento de 1,6% na produção industrial total deveu-se, em grande parte, à contribuição dos setores de veículos automotores (7,2%), indústria farmacêutica (8,1%), outros equipamentos de transporte (12,4%), equipamentos de instrumentação médico-hospitalares, ópticos e outros (22,8%), minerais não metálicos (4,4%), indústrias extrativas (2,8%), refino de petróleo e produção de álcool (2,4%) e máquinas e equipamentos (1,9%), enquanto os produtos têxteis (?11,6%), outros produtos químicos (?3,9%), alimentos (?1,4%) e bebidas (?3,0%) foram as principais pressões negativas sobre a média global.