O quadro de notificações de aids no Brasil está em situação estável, mas em patamares altos. Dados do Boletim Epidemiológico Aids/DST, apresentado pelo Ministério da Saúde, mostram que, de 1980 a junho de 2008 foram registrados 506.499 casos da doença no país.
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“A taxa de incidência no país está estabilizada num patamar alto. O Brasil tem um programa de acesso universal, expresso na melhoria da sobrevida e de intensificação das ações de prevenção de novas infecções. O grande desafio hoje é identificar onde estão acontecendo os novos casos”, afirmou a diretora do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério, Mariângela Simão.
Mariângela relatou, ainda, que o Programa das Nações Unidas para o HIV e AIDS apontou, recentemente, uma situação preocupante. Para cada duas pessoas que entram em tratamento no mundo, cinco novas infecções estão ocorrendo.
No Brasil, o maior percentual de notificações está na região Sudeste com 60,4%, o que representa 305.725 casos. O Sul está em segundo lugar com 18,9% (95.552), seguido do Nordeste com 11,5% (58.348), do Centro-Oeste com 5,7% (28.719) e do Norte com 3,6% (18.155).
Os números de mortes decorrentes da doença, no período englobado pelo boletim, totalizaram 205.409 casos.
Outro dado divulgado é o que evidencia a aproximação entre o número de homens e mulheres infectadas. Até junho de 2008 foram identificados 333.485 (66%) casos de Aids em homens e 172.995 (34%) em mulheres.
A avaliação histórica mostra que em 1986 eram 15 casos de homens infectados pela doença para uma mulher. A partir de 2000, houve um grande aumento nos casos identificados em mulheres. Para 15 homens infectados existem 10 mulheres. Em ambos os sexos a principal forma de transmissão é a relação sexual heterossexual. Em homens são 29,7% dos casos e em mulheres 90,4%.
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