Com recursos da Fundação Swiss Bridge e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Rio de Janeiro, começará a coletar material tumoral de seus pacientes nos próximos meses para uma finalidade inédita. A intenção dos coordenadores do projeto, os pesquisadores Carlos Gil, do Inca, e Eloiza Tajara, da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, é criar um banco nacional de amostras, informa a Agência Fapesp.
Além de ajudar em pesquisas sobre a epidemiologia do câncer, o banco vai ajudar os cientistas que trabalham com biologia molecular voltada para tumores. A formação do banco começa em dois meses.
A equipe do Inca está preparando os questionários que serão aplicados aos pacientes e o material retirado de tumores só irá para o banco com o consentimento dos doadores.
O projeto pretende reunir amostras de tumores que apresentam alta incidência no País, como os de câncer de cabeça, pescoço, mama, estômago e pulmão. Sem ainda saber exatamente quantas amostras serão armazenadas por ano, uma vez que isso dependerá também do aceite dos pacientes, Eloiza acredita que o número será bastante alto. Apenas no Inca são feitas 4 mil cirurgias de cabeça e pescoço todos os anos.
Depois que estiver pronto, o banco nacional de amostras do Inca será aberto a todos os cientistas interessados. Para que o banco nacional de amostras possa ser montado, a equipe do Inca vai contar com uma verba de US$ 4 milhões, em quatro anos, da instituição da Suíça e ainda outros recursos financeiros da Finep, que serão destinados para a melhoria da infra-estrutura do prédio onde estarão as amostras.