Estudo apresentado durante a 100º edição do Radiological Society of North America (RSNA) mostra como pesquisadores estão usando a tomografia computadorizada aliada à tecnologia da impressora 3D para recriar em tamanho real cabeças dos pacientes e auxiliar nos transplantes de face.
Para fazer esse molde perfeito, as tomografias computadorizadas entram em ação. De acordo com a pesquisa, cada um dos pacientes receptores do transplante foi submetido a uma tomografia 3D computadorizada durante o pré-operatório. Para construir cada crânio em tamanho natural, as imagens de tomografia da cabeça do receptor do transplante foram segmentadas e processadas usando software personalizado. Depois de criados, esses dados especializados são inseridos em uma impressora 3D.
Os médicos explicam que, em alguns destes procedimentos é preciso mudar a estrutura dos o http:// ssos da face do receptor do transplante e o modelo 3-D pode ajudar a fazer isso antecipadamente. Embora a cirurgia dure cerca de 25 horas, a conexão vascular a partir da face do doador para o receptor demora apenas uma hora e neste momento o fluxo sanguíneo do paciente deve ser interrompido.
“Se existem estruturas ósseas ausentes e elas são necessárias para a reconstrução, é possível fazer modificações com base no modelo de impresso 3D antes do transplante real, em vez de usar o tempo para fazer alterações durante a isquemia “, afirmou Rybicki em comunicado divulgado pelo RSNA. O modelo 3D, garante ele, também é importante para o transplante ficar esteticamente melhor.
Com base nos resultados deste estudo, a impressão 3D é agora utilizada rotineiramente no planejamento cirúrgico para o transplante de face no Hospital Brigham and Women, e modelos impressos 3-D podem ser implementados em outras cirurgias complexas.
O RSNA é o maior evento de radiologia do mundo e reúne cerca de 50 mil pessoas a cada ano. O congresso ocorre em Chicago, de 30 de novembro a 5 de dezembro de 2014