Quando se fala no boom de inovações trazidas à luz pelas healthtech startups americanas, não se deve esquecer de que na origem de todo aquele movimento está a publicação do HITECH Act, em 2009. Para quem não se lembra, ele alocou bilhões de dólares para que o sistema de saúde passasse a adotar e utilizar de forma relevante sistemas eletrônicos para registro de dados de saúde.
Essa foi a ponta de lança da revolução digital na saúde americana e serviu de base para a construção do plano estratégico de saúde digital, pelo governo federal. A visão declarada do governo é a de que “a utilização de informação pelo sistema de saúde deve empoderar os cidadãos e melhorar a saúde populacional”.
Paratanto foram eleitos 4 objetivos estratégicos e um conjunto de medidas para atingi-los. O primeiro objetivo diz respeito ao Meaningful Use, deixando claro que se trata não apenas de adotar, mas de garantir confidencialidade, compartilhar informações, engajar pacientes com dados eletrônicos e melhorar a assistência ao paciente. Veja abaixo os 9 pontos que foram considerados cruciais para o atingimento da meta:
- Prover pagamento de incentivos financeiros para a adoção e utilização relevante de tecnologias certificadas de registro eletrônico
- Prover suporte à implementação de sistemas de registro eletrônico certificados junto a Provedores de Cuidados com Saúde
- Suportar o desenvolvimento de mão de obra qualificada para implementação de tecnologias de saúde
- Incentivar a inclusão do Meaningful Use em materiais educacionais e certificação profissional
- Estabelecer critérios e processo de certificação de sistemas de registro eletrônico
- Comunicar o valor dos Registros Eletrônicos e os benefícios de atingir o Meaningful Use
- Alinhar programas e serviços federais com a adoção e uso relevante de prontuários eletrônicos certificados
- Trabalhar em conjunto com pagadores e provedores privados para atingir o meaningful use
- Estimular melhorias na usabilidade das aplicações existentes.
Veja bem: o ponto 9 chama a atenção para a importância de algo que poderia ser tratado como um mero detalhe por todos, mas que no entanto não escapou ao legisladores daquele país: a e necessidade de se melhorar a usabilidade de software e aplicativos.
Claro. Se a soluções certificadas pelo Governo não fossem muito intuitivas e com regras previstas tudo poderia ir água abaixo.
O infográfico que trouxe essa semana dá uma série de exemplos sobre como deve se evitar a construção de um sistema ineficiente para saúde.
Nele é possível perceber a importância cada vez mais determinante da experiência do usuário em sistemas de saúde, algo que nunca fora muito importante no passado.
Espero que divirta-se tanto quanto eu.