A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) criou o Programa de Qualificação da Saúde Suplementar, para avaliar a qualidade das operadoras de plano de saúde, através do Índice de Desempenho de Saúde Suplementar (IDSS). Apesar da boa proposta, esse índice ainda não reflete a realidade das operadoras de saúde.
O objetivo da ANS, ao criar o programa, foi de melhorar a qualidade dos serviços prestados pelas operadoras, garantir um equilíbrio no mercado e ajudar o consumidor na hora de optar por um plano de saúde. O IDSS classifica as operadoras por meio de uma pontuação que varia de 0 a 1. Através dela, o consumidor pode fazer uma consulta prévia antes de adquirir ou trocar de plano. É preciso apenas ter o número de registro da operadora, a razão social e o número do CNPJ.
O IDSS avalia o desempenho das operadoras de plano de saúde, com base em quatro critérios:
- Atenção à saúde;
- Estrutura e operação;
- Equilíbrio econômico – financeiro;
- Satisfação do beneficiário;
Dentre esses critérios a atenção à saúde é o que possui mais peso com 50%. Este grau de importância é uma forma de incentivar as operadoras em gestão de saúde desenvolver aos beneficiários, ações de prevenção de doenças. O equilíbrio econômico-financeiro fica em segundo lugar com 30%, seguido dos itens estrutura de operação e satisfação do beneficiário, com 10%.
Desde o seu início até hoje, já foram trocados ou retirados vários parâmetros, como o número de partos prematuros, no critério de atenção à saúde, pois os dados entre as operadoras eram tão inconsistentes que influenciavam aleatoriamente o resultado. Outras vezes as reservas financeiras não eram incluídas no critério econômico financeiro, diminuindo erroneamente o seu valor. Assim, o Índice (IDSS) terá que amadurecer mais para conquistar a credibilidade da sociedade, pois a sua finalidade tem um valor incontestável.
*Henrique Oti Shinomata é formado em Medicina pela Universidade Santa Casa de São Paulo, Henrique Shinomata é médico ginecologista e obstetra. O especialista também é vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Seguro. Possui MBA Executivo Internacional em Ohio (EUA) e é mestre em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Sua tese baseou-se no tema “Retorno sobre o investimento de um programa de atenção domiciliar em uma seguradora especializada em saúde”.
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