Atingir um novo patamar no fornecimento de gases industriais e medicinais. Esse é o objetivo da Indústria Brasileira de Gases (IBG) que inaugurou essa quinta-feira, 19, sua nova planta de produção.

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A unidade recebeu investimento de US$ 25 milhões vindos de recursos próprios e levou dois anos para ser projetada e entregue. Com a nova planta, voltada para a fabricação de oxigênio, nitrogênio e argônio, a IBG vai dobrar a sua capacidade de entrega chegando à produção de 600 toneladas de gases por dia. O complexo industrial da IBG abrange três fábricas em Jundiaí e uma em Aparecida de Goiânia.

A perspectiva é que com a ampliação da capacidade de armazenamento, chegando a 2 milhões de litros, a empresa consiga atingir novos nichos de mercado. “Quanto maior o volume de produção, menor é o seu custo. Com isso conseguimos ter um preço competitivo para entrar em segmentos menores como em aplicações e processos químicos”, aponta o presidente da IBG, Newton de Oliveira.

A mudança no plano de negócios da empresa prevê também a ampliação da rede de distribuição e do portfólio da companhia. Para ampliar a sua capacidade de produção  a IBG precisava deter também o know how de implantação de fábricas e plantas  e por isso selou uma parceria com duas empresas, uma americana e outra chinesa, para desenvolver a área de engenharia industrial. “Também iremos vender projetos de fábricas e já temos negócios em andamento no Brasil. Mas ainda não podemos divulgar”, revela Oliveira.

A rede distribuidora, que hoje conta com 15 filiais nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, também será ampliada. Serão mais cinco novos pontos de venda espalhados pelo Brasil ainda no primeiro semestre. “Estamos mudando também a estrutura da rede distribuidora. Antes a grande maioria das filiais era locada, agora compraremos os pontos que são interessantes para nossos negócios”, destaca.

Hoje, a IBG detém apenas 3% do mercado de gases no Brasil e a perspectiva é, com a reestruturação dos negócios, ampliar essa participação num curto espaço de tempo. “Nossa expectativa é crescer 25% ao ano nos próximos 10 anos. Logo alcançaremos um faturamento de US$ 150 milhões”, projeta o executivo.

Para o segmento hospitalar, a perspectiva é manter o nível de participação nos resultados. Hoje o setor representa 35% do resultado da IBG. “O setor hospitalar é responsável por 10% do mercado de gases no mundo. Já temos uma posição consolidada no segmento e queremos manter esse nível. O maior crescimento virá de outros segmentos”, aponta. O faturamento da IBG em 2008 foi de R$ 75 milhões e a expectativa é chegar a R$ 100 milhões em 2009.