Um estudo recente demonstrou mais uma vez não ocorrer perda de satisfação do paciente ao ser tratado por hospitalistas. Leia através do Pubmed. Os resultados levaram em conta a opinião de 8.295 pacientes que tiveram alta de hospitais de Massachusetts, entre 2003 e 2009.

Já em 2008, quando organizei o I Congresso Brasileiro de Medicina Hospitalar, em Gramado, o Prof. Giácomo Balbinotto Neto, mestre e doutor em Economia, pesquisador em Economia da Saúde, quando apresentou sua avaliação do modelo, concluiu que:

– A maioria dos dados obtidos na literatura de avaliação econômica referentes aos resultados da introdução dos hospitalistas demonstrou haver uma significativa e consistente redução de custos associada com uma manutenção da qualidade.

– As pesquisas realizadas com pacientes que foram cuidados por hospitalistas, nos EUA, indicaram que houve um elevado nível de satisfação, não menor do que o de pacientes cuidados por seus médicos de origem. Uma das hipóteses comportamentais é que os pacientes estariam dispostos a trocar a familiaridade dos seus médicos regulares pela disponibilidade dos hospitalistas.

O assunto é sempre motivo de intensas discussões e calorosos debates:

Também em 2008, publiquei artigo em Zero Hora intitulado ”Você conhece este médico?”, onde buscava apresentar ao público leigo o hospitalista. Em resposta, ”Quem quer trocar de médico? ”. Quem tiver interesse, leia aqui.

Mas este debate não deveria ser estabelecido a partir deste tipo de dicotomia. Para que a MH cresça do jeito que sempre defendi, ela deve se colocar como alternativa boa para todos. E, quando escolhida, favorecer a relação do paciente com seu(s) médico(s) de múltiplos atendimentos ambulatoriais com o mesmo ímpeto com que foca em eficiência e redução de custos intra-hospitalares. O segundo vídeo da postagem anterior mostra isto redondinho.