Em meio a mudanças, na vida profissional e pessoal de profissionais da saúde, impulsionadas principalmente pela pandemia, a Hospitalar Hub exibiu, no último dia 21, o debate com o tema “Soluções Flexíveis para os Desafios da Força de Trabalho da Saúde”.
Promovido pelo Instituto Qualisa de Gestão (IQG) em parceria com o Programa Brasileiro de Segurança do Paciente, a discussão buscou refletir o assunto sob a ótica de contextos organizacionais. Como a adaptação do gerenciamento de indicadores de gestão de pessoas, principalmente os de ausência, impacta os serviços de saúde?
Conduzido pela coordenadora do IQG, Lucianna Novaes, o painel on-line contou com a experiência de Eduarda Carvalho, gerente de Qualidade na Fundação José Silveira, e Fabio Patrus, mestre em Administração e sócio fundador da Patrus Saúde. Pontos fundamentais acerca da relação entre qualidade do cuidado, produtividade, bem-estar do colaborador e impactos nas instituições de saúde estiveram em pauta durante o encontro. “Tema muito oportuno, visto que profissionais estão se questionando como buscar equilíbrio e como ter a equipe engajada, porque as demandas da saúde são inesgotáveis”, ressaltou Fabio.
Absenteísmo é um problema na sua equipe de saúde?
Lucianna aponta que altos índices de absenteísmo provocam diversos prejuízos nas organizações de saúde, como a queda na qualidade dos serviços prestados, piora na saúde do paciente, aumento dos erros cometidos ao longo do atendimento e aumento das taxas de infecção.
Além disso, a rotatividade é agravada pela sobrecarga de trabalho, falhas na gestão, no gestor, no plano de carreira e em benefícios atrativos para o colaborador, e pela falta de reconhecimento profissional. Atrelado a este contexto, existe também existe um grande impacto financeiro, devido a desligamentos, horas extras e pagamentos de plantões. Portanto, como resolver tantos gargalos?
Fabio pontuou que o gestor não pode dissociar o profissional do pessoal e precisa realizar análises críticas dos indicadores de ausência assim como faz com outros tipos de indicadores. Estar próximo do colaborador/ equipes para entender a raiz do problema. “É necessário haver um processo estruturado de coleta dessas informações. Existem muitas ferramentas disponíveis. Traga o assunto para debate e discuta junto com a equipe”, afirma. Conheça a tática que Fabio utiliza para ter efetividade e não expor ninguém.
Existe presenteísmo na sua equipe de saúde?
Eduarda já trouxe outra abordagem para solucionar a questão. A gerente de Qualidade enxerga que trabalhar o presenteísmo está diretamente ligado à entrega de resultados e isso é pouco discutido nas instituições. “Se relacionarmos produtividade e qualidade de cuidado, as pessoas estão trabalhando fisicamente, mas não estão do ponto de vista de conexão com a entrega de resultado,” explica.
Para a gestora, o ambiente de trabalho é intrínseco aos resultados. Fornecer canais para dar suporte à saúde mental é indispensável. Desta forma, Eduarda afirma que é possível criar um ambiente mais favorável para o colaborador estar apto a fazer as entregas necessárias.
O papel da liderança e de cada um na equipe de saúde
Durante a discussão, também foi analisado como líderes trabalham resultados independentemente de meta e buscou-se desmistificar o papel da liderança. Ou seja, entendê-la como competência técnica tão importante quanto as habilidades e conhecimentos clínicos em uma instituição de saúde. Por fim, Eduarda citou exemplos práticos de como cada um pode contribuir para um ambiente de trabalho mais amistoso e confortável.
Quer saber mais? Assista ao painel completo na Hospitalar Hub e compartilhe com seus pares.