Nesta quarta-feira começou o segundo dia da edição comemorativa de 30 anos da Feira Hospitalar e as arenas de conteúdo contaram com uma agenda extensa. Na arena de Atenção Domiciliar e Cuidados de Transição, os visitantes puderam acompanhar a palestra “O papel da equipe multidisciplinar: integração de conhecimentos e ações” realizada pela Elisa Nascimento, enfermeira, membro do grupo de estudos NEAD e gerente assistencial da CaptaMed – Cuidados Continuados.
O movimento de envelhecimento populacional tem sido uma realidade crescente em todo o mundo e, de acordo com Nascimento, uma das principais consequências é o aumento de idosos que vivem sozinhos e enfrentam situações complexas em relação à saúde e ao bem-estar. “Diante desse cenário, torna-se cada vez mais necessário o desenvolvimento de uma equipe resolutiva e integrada, capaz de oferecer cuidados abrangentes e personalizados para essa parcela da população”, reforçou.
O setor de atenção domiciliar conta com uma equipe interdisciplinar que é formada por profissionais de diversas áreas, como médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, psicólogos, assistentes sociais e outros especialistas em saúde. Essa união de profissionais de diversas frentes faz com que haja habilidades, conhecimentos e perspectivas únicas, complementando-se para fornecer um cuidado abrangente e holístico.
De acordo com a enfermeira, existem quatro pontos que são determinantes para construir a interdisciplinares de uma equipe, sendo eles:
Intensidade das trocas
Para garantir uma comunicação eficaz e alcançar as metas como instituição de saúde, é essencial expressar abertamente as necessidades e expectativas da equipe.
Capacidade de adaptação
É preciso assumir um papel ativo na cena da comunicação, desconstruir a hierarquia tradicional de que somente o médico pode passar as informações e implementar protocolos efetivos.
Flexibilidade
Os profissionais da área de atenção domiciliar devem ter um nível de disponibilidade diferente, os pacientes requerem esse tipo de cuidado. “Todos devem ter o mesmo nível de participação. Não deve existir subordinado, partindo do pressuposto que todos os profissionais devem ser tratados com igualdade e isso é trabalhado de forma clara para não existir um ambiente de contraposição”, diz Nascimento.
Confiança
A autonomia é essencial para os profissionais, desde que sigam protocolos claros.
Por fim, a enfermeira ressaltou a importância de estabelecer metas coletivas como parte fundamental do cuidado aos pacientes. “Essas atitudes são feitas para promover um apoio social significativo, incentivando-os a acessar a rede de suporte disponível. Além disso, a criação de vínculos com a equipe de saúde é essencial para garantir uma reabilitação eficaz”, finalizou Nascimento.
Quer saber como participar das palestras da Arena de Atenção Domiciliar? Venha à Hospitalar 2023 e participe gratuitamente. Veja o que acompanhar amanhã:
14h – Palestra Principais instrumentos de avaliação nas Unidades de transição desfechos
Samir Salman | CEO | Premier
15h10 – Case Jornada de Longa Permanência na Unidade de Transição
Fabíola Mazzulli de Melo | Diretora Clínica São Genaro
15h45 – Case Atuação multidisciplinar na superação e resgate da qualidade de vida
Fernanda Chapchap | Humana Magna