A política implementada pelo Ministério da Saúde ao longo dos três últimos anos tem produzido efeitos importantes no segmento de produção de medicamentos e serviços hospitalares e odontológicos. A opinião é do Ministro da Saúde, Humberto Costa, que participou hoje (14/06) da cerimônia de abertura a Feira Hospitalar 2005, em São Paulo.
Segundo Costa, programas governamentais como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) produziu um grande estímulo na produção de equipamentos, informática, veículos automotivos e equipamentos médico-hospitalares. ?Temos feito investimentos na mudança da lógica do funcionamento dos serviços de urgência médica, mas também na reestruturação física, na renovação dos equipamentos dessas unidades de atendimento de urgência e emergência no nosso Brasil?, explica.
De acordo com o ministro, o momento é de uma profunda reforma no sistema hospitalar brasileiro, e isso tem refletido na indústria do setor. As ações como a reestruturação e investimentos nos hospitais de ensino e as instituições filantrópicas têm grande colaboração neste processo. ?Encontramos em 2002 uma das maiores crises dos hospitais de ensino e a partir de um trabalho conjunto, realizado pelo Ministério da Educação, da Saúde, da Ciência e Tecnologia, e de todos os outros atores do setor saúde, temos dedicado a este setor R$ 200 milhões em novos recursos, e a implantação de uma nova filosofia de trabalho que é a reestruturação destas instituições, com a própria mudança da lógica do financiamento. Hoje estes hospitais não recebem os seus recursos unicamente pelo pagamento daquilo que foi produzido, mas sim ligados à melhoria da qualidade da atenção, contando com um orçamento fixo principalmente na média complexidade, permitindo planejamento das ações, evitando a glosa nos diversos serviços que são prestados?, afirma.
Para Costa, uma outra política fundamental é o investimento em hospital de pequeno porte. Há quinze dias, o governo federal incorporou no Ceará 67 hospitais com menos de 30 leitos que tiveram o seu recurso e custeio dobrado a partir de uma ação que envolve a contribuição tríplice (governo, estado e município). ?Pretendemos que essa ação atinja 795 hospitais no Brasil, sendo objeto de uma contratualização para o cumprimento de metas e objetivos claros?. O ministro apresentou como prioridade a correção das distorções da tabela do SUS, reafirmando o empenho do Governo Lula com a questão, mas entende que isso não poderá ser concluído em apenas um mandato.