Chega ao Hospital Santa Lúcia o PET-CT Optima 560 da General Electric Company (GE), primeiro equipamento do modelo instalado no Brasil, capaz de realizar exames de diagnóstico nas áreas de oncologia, cardiologia e neurologia.

O equipamento tem o objetivo de realizar exames com menor dose de radiação, menos tempo e segurança. O tubo do novo equipamento possui um diâmetro maior, que visa proporcionar mais conforto também aos pacientes de grande estatura, obesos e claustrofóbicos.

O PET ? Tomografia por Emissão de Pósitrons ? é uma modalidade de diagnóstico produzida por imagem da Medicina Nuclear, acoplada à CT ? Tomografia Computadorizada. Essa associação permite o exame metabólico-funcional (PET) e o anatômico (CT) ao mesmo tempo.

O diretor do sistema de qualidade do Núcleos, Centro de Medicina Nuclear do Hospital Santa Lúcia, Gustavo Gomes, conta que o novo equipamento identifica pequenas alterações metabólicas celulares permitindo o diagnóstico e a localização precoce de tumores.  

Uma das substâncias utilizadas para a realização do exame é o FDG-F18 (2-[F18]-fluoro-2-deoxi-glicose), molécula análoga à glicose, uma das fontes de energia celular. Uma pequena quantidade deste açúcar radioativo é injetada no paciente e, após um período de 60 minutos, são realizadas as imagens. Este radiotraçador demonstra a presença de alterações funcionais metabólicas na célula cancerígena, que apresenta naturalmente um metabolismo alterado.

O radiologista da instituição, Márcio Lobo Guimarães, conta que as células tumorais, principalmente as das neoplasias mais agressivas, apresentam um crescimento acelerado e desordenado e em sua maioria utilizam a glicose como combustível, portando vão captar a glicose marcada, facilitando a detecção, o estadiamento e o controle de tratamento oncológico.

A modalidade diagnóstica já está sendo usado rotineiramente na oncologia e em casos específicos da cardiologia e da neurologia.

Na oncologia, por exemplo, é possível detectar precocemente a presença de câncer, evitando um grande número de procedimentos desnecessários, inclusive alguns invasivos, o que torna o PET-CT custo-efetivo. A tecnologia permite observar a real extensão do tumor e eventuais metástases, sobretudo porque o exame faz uma avaliação do corpo inteiro, o que possibilita um estadiamento acurado da doença.

Ainda na oncologia, o exame permite a avaliação precoce da resposta a tratamentos e pode auxiliar no direcionamento da radioterapia. Na cardiologia, é destinado principalmente para o diagnóstico do miocárdio hibernante, auxiliando no planejamento de intervenções preventivas para novos infartos. Em neurologia, é possível diagnosticar a Doença de Alzheimer, epilepsia e outras condições neurológicas, podendo ser fator fundamental quando a cirurgia é uma opção de tratamento.