O Hospital Professor Edmundo Vasconcelos, de São Paulo, está lançando uma iniciativa inédita para auxiliar nos diferentes tipos de tratamentos de dor: reuniu diversos especialistas sob a coordenação do neurocirurgião Marcelo Ken Iti Hisatugo e criou o Grupo de Dor.
Segundo o Dr. Hisatugo, nos últimos anos, a medicina começou a dar maior atenção às causas e efeitos da dor. ?Um terço dos brasileiros considera que a dor crônica compromete seu lazer, sono, apetite, atividade sexual e profissional?, explica o profissional, citando dados da Universidade de São Paulo.
O trabalho do Grupo de Dor no Hospital Professor Edmundo Vasconcelos começou há cerca de quatro meses e o objetivo é utilizar o conhecimento dos vários especialistas que formam o grupo multidisciplinar para realizar tratamentos contra a dor, aguda ou crônica, tanto na parte clínica quanto na parte cirúrgica. Integrando o grupo estão neurologistas, anestesistas e enfermeiros, que utilizam a estrutura do Hospital e os excelentes profissionais de todas a áreas para uma terapia conjunta do paciente com dor crônica.
Segundo o Dr. Hisatugo, a dor deixa de ser uma resposta normal a uma agressão e passa a constituir a própria doença quando se torna crônica e prejudica a qualidade de vida das pessoas. ?Entre os efeitos da dor crônica estão o estresse, a diminuição da resposta imunológica e da ingestão alimentar. Além disso, ela pode causar depressão e, conseqüentemente, o paciente perde boa parte de sua qualidade de vida?, explica.
Hoje, segundo o neurologista, existem novos medicamentos e tratamentos que permitem diminuir sensivelmente os efeitos da dor. ?Há desde métodos como acupuntura e RPG (Reestruturação Postural Global) a tratamentos a base de laser e procedimentos cirúrgicos. Porém, o mais importante é um atendimento multidisciplinar, incluindo anestesiologistas, ortopedistas, fisiatras, psicólogos, psiquiatras e fisioterapeutas, entre outros profissionais?, destaca.
Segundo ele, as dores mais freqüentes são as dores nas costas e a dor de cabeça. ?No Brasil, entre 50% e 60% das pessoas que sentem dores crônicas se tornam parcial ou totalmente incapacitadas para o trabalho e uma em cada cinco acabam largando o emprego.? Ele diz que apenas hospitais públicos oferecem algum tipo de tratamento neste sentido. ?O Hospital Professor Edmundo Vasconcelos é o primeiro do setor privado a investir numa equipe especialmente formada para esta finalidade?, acrescenta.
Marcelo destaca que há desconhecimento deste tipo de tratamento por parte dos pacientes e de muitos profissionais da saúde. ?Nos tratamentos de câncer, já há uma grande preocupação com o tratamento da dor, mas em outras áreas, esse tipo de procedimento ainda é pouco utilizado?, explica, citando como exemplo o baixo consumo de medicamentos e drogas hoje seguras para tratamentos, como a morfina, no Brasil. ?O uso adequado desse medicamento e de outros permite oferecer ao paciente uma melhor qualidade de vida.?
Hisatugo cita entre os novos tratamentos para a dor, as cirurgias para implantação de eletrodos, que promovem estimulação medular ou cerebral, e as bombas de infusão de medicação. ?São tratamentos ainda com custo elevado, mas com diversas vantagens, como a reversibilidade, a comodidade e as cirurgias bem mais simples?, finaliza.
Para saber mais sobre os tratamentos contra a dor agende uma consulta pelo telefone (11) 5080-4300. Não há necessidade de encaminhamento médico.