Com investimento de R$ 65 milhões foi inaugurado nesta quinta-feira, (17), o Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba. A instituição é a quinta unidade da rede Aliança Saúde, núcleo de saúde da Associação Paranaense de Cultura (APC).

Segundo o diretor geral do Hospital Marcelino Champagnat, Cláudio Lubascher, o hospital foi projetado para ser uma instituição referência no Estado. ?Nossas escolhas são baseadas no conceito de excelência. Todo projeto foi concebido com a premissa de oferecer serviços de saúde de padrão e qualidade internacional no tratamento clínico e cirúrgico de média e alta complexidade e na prestação de serviços diagnósticos?.

Com o intuito de colocar Curitiba entre os principais pólos de tratamento de saúde do País, o projeto contou com o maior investimento realizado nos últimos 10 anos na região sul do Brasil. ?A maior parte deste dinheiro foi investido na aquisição de equipamentos e na implantação de tecnologia avançada?.

Lubascher conta que a instituição foi buscar no mercado recursos que proporcionarão facilidades aos médicos durante procedimentos cirúrgicos, maior assertividade nos diagnósticos e recuperação mais rápida dos pacientes.

Entre os diferenciais do projeto, o diretor geral do HMC cita as salas de cirurgia. ?Contamos com sete salas de cirurgia inteligente onde duas possuem telemedicina. Projetamos as salas desta maneira para que em um futuro próximo possamos implantar cirurgia de robótica no hospital?.

O Hospital Marcelino Champagnat ocupa uma área de 27.437 m² em um prédio de dez andares que contam com sete salas cirúrgicas, 20 leitos de UTI geral, 11 leitos de UTI cardiológica e dois centros diagnósticos com 72 consultórios médicos.

Completa a estrutura da instituição uma recepção central que leva para a área de pronto atendimento 24 horas. ?Possuímos equipes de clínica médica, geriatria, neurologia, cardiologia, cirurgia geral, ortopedia e anestesiologia?.

Lubascher diz ainda que no intuito de facilitar o trabalho dos médicos e não causar transtornos aos pacientes, o hospital conta também com dois centros diagnósticos com 72 consultórios médicos distribuídos em 3 andares, cada um com 24 unidades.

Em visitação as instalações do hospital, o porta voz conta que em vista da estrutura oferecida aos médicos, muitos estão direcionando sua atuação exclusivamente para a rotina hospitalar ao invés de priorizarem o atendimento em seus consultórios. ?Dos 72 consultórios, nós achamos que, até a inauguração teríamos locado 60%, mas para nossa surpresa, 100% dos ambientes estão alugados?.

Com um quadro de funcionários preenchido desde o dia 03 de outubro, Lubascher conta que durante o período de admissão até a inauguração, os profissionais passaram por treinamentos em processos institucionais e rotinas de TI.

Humanização

Para amenizar a experiência do público enquanto estiver no hospital, a instituição tentou implantar conceitos de humanização na estrutura do prédio. Ao caminhar pelos corredores, é possível avistar corredores amplos com largas janelas e ambientes que utilizam luz natural. Os quartos de UTI possuem janelas que possibilitam que os pacientes tenham acesso a iluminação natural.

?Esses detalhes foram pensados com a meta de favorecer a recuperação mais rápida do paciente.?

Acreditação

Com investimentos robustos, a gestão do hospital construiu o empreendimento visando a Acreditação da Joint Comission International. ?Nosso objetivo é conseguir o selo no segundo semestre de 2012. Foi feita uma avaliação em toda estrutura física e processos do hospital visando à certificação?.

Para chegar a esse resultado, o hospital contratou o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA) parceiro da Joint Comission International no Brasil. E contou também com o auxílio de 15 médicos consultores que estão envolvidos nos processos do hospital.

Pesquisa

Para alcançar o titulo de hospital referência, o grupo fez uma análise quantitativa e qualitativa de mercado para avaliar os hospitais do Paraná com pacientes e parentes que estiveram internados nos últimos dois anos. E conseguiram ter acesso ao que tipo de serviço os pacientes apreciam.

Além disso, outro resultado evidenciado estava relacionado ao fato de que o Paraná não possuía um hospital referência.

Começo

Ainda que Curitiba não tivesse um hospital com conceitos de excelência, esse não foi o único fato que motivou a construção da obra. Isso porque o grupo Aliança Saúde que possui cerca de 80% de suas atividades voltadas ao SUS possui um déficit no orçamento. Tendo em vista essa situação, foi decidido criar um hospital voltado exclusivamente para a saúde suplementar.

O diretor geral do hospital acredita que haverá um retorno do valor investido em 9,5 anos. E calcula que para o ano de 2012 o hospital fature em torno de R$80 milhões.