Uma média de 68% dos pacientes que procuram os prontos-socorros de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, apresenta casos de pouca ou nenhuma urgência. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde, da Associação dos Hospitais Particulares de Uberlândia e do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) e somam os percentuais de mau uso nas três redes.

Segundo a Associação dos Hospitais Particulares de Uberlândia, nos prontos-atendimentos dos hospitais privados, os pacientes não urgentes representam 70% da procura. E no pronto-atendimento do HC-UFU, os casos sem urgência foram 45,73% das consultas registradas em 2011.

Como forma de organizar melhor o fluxo de pacientes que procuram o atendimento de urgência e emergência e garantir um atendimento resolutivo e de qualidade àqueles em situações de sofrimento agudo ou crônico de qualquer natureza, o Hospital e Maternidade MadreCor, que atende aproximadamente 300 pessoas por dia no pronto-socorro, foi a primeira instituição particular de Uberlândia a adotar o atendimento por triagem de risco, baseado no protocolo de Manchester.

Como funciona?

Ao chegar ao pronto-socorro, o paciente retira a senha e aguarda ser chamado para receber a avaliação da gravidade do seu problema por uma equipe de enfermagem. “É um processo dinâmico de identificação dos pacientes que necessitam de intervenção médica de urgência, os quais serão classificados e atendidos de acordo com o potencial de risco, gravidade do caso, ou grau de sofrimento”, explica o diretor técnico do MadreCor, Dr. Renato Spindel.

O diretor esclarece ainda que esse processo dá-se mediante escuta qualificada e tomada de decisão baseada em um protocolo médico já adotado internacionalmente, aliadas à capacidade e experiência do profissional da triagem de risco na avaliação e gravidade do caso, que classificará o usuário em:

o Vermelho: serão os primeiros a serem atendidos.

o Amarelo: aguardará ser chamado com prioridade.

o Verde: será atendido após os casos mais graves.

De acordo com Cláudio Souza, gerente técnico operacional do MadreCor, o objetivo do novo atendimento é classificar, mediante protocolo, as queixas dos usuários que demandam os serviços de urgência/emergência, visando identificar os que necessitam de atendimento médico mediato ou imediato. “A ideia é garantir que os casos mais sérios tenham prioridade no atendimento”, argumenta.

“A nossa intenção é oferecer cada vez mais um atendimento de alta qualidade e resolutividade aos pacientes”, finaliza Spindel.