O secretário municipal de Saúde de Campo Grande (MS), Mário Eduardo Rocha, pediu demissão na última terça-feira (28). A decisão aconteceu um dia depois de tornar público gasto de R$ 800 mil em propinas pagas pelo Hospital Evangélico de Dourados. Rocha recebeu multa do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TC-MS), por contratações desnecessárias de 19 servidores.
Segundo o relator do processo movido pelo TC-MS, conselheiro José Ancelmo dos Santos, as contratações “não têm o menor valor”, mesmo sob a alegação de especialidade que não constam na Secretaria municipal de Saúde.
Segundo investigações feitas pela Polícia Federal, e aceitas pela justiça depois de analisadas pelo Ministério Público Estadual, as propinas eram destinadas aos vereadores de Dourados. Os pagamentos estavam garantindo a continuação de contratos firmados entre o hospital e a prefeitura, sobre terceirização em atendimento do setor municipal de saúde pública, no valor mensal de R$ 3,2 milhões.
Entretanto, apesar da elevada soma paga com dinheiro público ao hospital, os atendimentos eram considerados excessivamente demorados.
Rocha é um dos únicos secretários da Prefeitura Municipal de Dourados, que não foram presos durante a Operação Uragano da Polícia Federal, realizada este mês. Estava no cargo desde o início de 2009, e não está entre as 60 pessoas denunciadas como réus, na “farra das propinas”, mas poderá ser convocado pela CGU (Controladoria Geral da União), que está investigando contratos da prefeitura, envolvendo verbas da União.
*Com informações da Agência Estado
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Hospital Evangélico teria pago R$ 800 mil de propina
Secretário municipal de Saúde de Campo Grande, Mário Eduardo Rocha, pediu demissão depois de vir à tona gastos ilícitos
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