O Hospital Universitário Professor Walter Cantídio, localizado em Fortaleza, está com uma dívida de R$ 12,1 milhões com fornecedores. Um total de 15 cirurgias cardíacas era realizado por mês, o que acarreta um custo de R$ 3,6 milhões. Com esta conjuntura, a decisão da direção foi de parar de fazer procedimentos médicos que envolvam cirurgias cardiovasculares.
De acordo com a direção, a situação ainda pode atingir outros procedimentos, porque os fornecedores de materiais laboratoriais suspenderam as entregas.
Depois do anúncio do cancelamento da realização desse tipo de procedimento, o único estabelecimento público de Fortaleza que mantém cirurgias cardíacas, por meio do Sistema Único de Saúde é o Hospital de Messejana. A fila de cirurgias do Hosiptal chegou a 84 pacientes, porque os cardiologistas de hospitais privados conveniados ao SUS estão em greve pelo aumento do preço do procedimento na tabela.
Tendo em vista a crise do nordeste, o juiz da 6ª Vara da Fazendo Pública, Paulo de Tarso Pires Nogueira, determinou, na última sexta-feira, 31, que o governo do Ceará e a prefeitura de Fortaleza devem partir para a requisição de profissionais médicos especialistas em cardiologia para atender a população, na rede pública e privada conveniada ao SUS.
Caso a determinação não seja cumprida em um prazo de seis dias, uma multa diária da ordem de 50 salários mínimos tanto para o Estado como para o Município deve ser aplicada. Os valores arrecadados serão revertidos para os Fundos Municipal e Estadual de Saúde.
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