O HCor – Hospital do Coração, em São Paulo acaba de inaugurar um Serviço de Otorrinolaringologia que dispõe de modernos recursos que possibilitam o diagnóstico e tratamento clínico e cirúrgico das doenças nos quais motivam sintomas como a obstrução nasal, rouquidão, surdez, labirintite, ronco, dor de garganta e paralisia facial, entre outros. O serviço de Otorrinolaringologia do HCor conta com uma equipe de otorrinolaringologistas que estão preparados para o atendimento de urgências, emergências, consultas e exames diagnósticos.
Em relação à obstrução nasal, o seu tratamento dependerá da causa e pode ser clínico ou cirúrgico. Em casos de rinite alérgica o tratamento visará o controle das crises e, se o problema for infeccioso o combate à infecção será o foco. Porém, se houverem alterações estruturais como desvios do septo nasal, pólipos ou sinusites crônicas, o tratamento cirúrgico deve ser considerado.
As cirurgias nasais atualmente são endoscópicas e, portanto, minimamente agressivas. Na maioria das vezes não há necessidade de se empregar tampões nasais e as complicações são poucas e raras, além do paciente ter alta hospitalar no mesmo dia da intervenção, ele poderá assumir as atividades em curto espaço de tempo.
“Na investigação diagnóstica da obstrução nasal a videonasofibroscopia tem papel fundamental. Esse exame consiste na introdução de um fino cabo de fibra óptica acoplado a um sistema de vídeo pelas narinas para identificar as alterações estruturais que determinam a obstrução. Trata-se de um exame simples e rápido que não necessita de nenhum preparo, sendo realizado após a aplicação local de um spray anestésico”, explica o responsável pelo Serviço de Otorrinolaringologia do HCor, Dr. Mário Munhoz.
Segundo Dr. Munhoz, quando a obstrução é persistente como ocorre nas rinites alérgicas e não alérgicas, nos desvios da parede que divide as duas narinas (septo nasal), no aumento do tecido linfóide situado na parte de traz do nariz (adenóides) ou nas proliferações de tecido inflamatório no interior das narinas (pólipos), as repercussões orgânicas são maiores e implicam desde o desenvolvimento anormal da face e da arcada dentária até a oxigenação não adequada dos pulmões e passa por distúrbios de fala e de deglutição.
Pesquisa recente realizada pela Universidade Federal de São Paulo mostrou que 39,3% dos paulistanos adultos queixam-se de respiração oral e 33,4% de obstrução nasal. Outro estudo desenvolvido em Curitiba mostrou que os desvios do septo nasal afetam cerca de 20% da população local. A rinite alérgica atinge 15% das crianças filhas de pais não alérgicos e cerca de 35% das nascidas de pais alérgicos. As obstruções causadas por gripes, resfriados e sinusites são transitórias e apesar do desconforto trazem poucas repercussões para o organismo.
Os problemas de obstrução nasal e a renite:
Sintomas como dor de cabeça, cansaço, distúrbios do sono, ronco, pneumonias e bronquites também podem ser consequência da obstrução nasal e causa impacto negativo e progressivo sobre a qualidade de vida.
As pessoas que tem obstrução nasal persistente e/ou que façam uso prolongado de remédios nasais devem procurar o otorrinolaringologista para definir a causa de seu problema. Para isso o especialista, além de identificar as características da obstrução nasal e realizar o exame clínico otorrinolaringológico, lança mão de diversos recursos diagnósticos que vão desde testes laboratoriais até exames de imagem como a tomografia computadorizada e ressonância magnética.
Desta forma, seja qual for a causa que leve a obstrução nasal ocorre prejuízo imediato de todo o processo respiratório e, a consequência da respiração pela boca para substituir o nariz é a supressão das suas importantes funções.