A unidade, referência em ortopedia, conta com atendimento integrado da consulta à reabilitação

O hospital Alvorada Moema, do Americas Serviços Médicos, acaba de realizar o seu primeiro transplante ósseo. O paciente, de 51 anos, foi submetido a cirurgia na região do quadril no dia 22 de junho e passa bem. Este tipo de procedimento de alta complexidade exige uma certificação específica e a unidade foi credenciada pelo Ministério da Saúde para realizá-lo. “O hospital, que já era referência em ortopedia, está habilitado para dar continuidade no atendimento de casos graves. Um acompanhamento integrado que vai da primeira consulta, passando pelo diagnóstico, até o tratamento clínico, cirúrgico e de reabilitação”, diz Marcelo Sartori, diretor da unidade.

Assim como em outros transplantes o hospital precisa estar atrelado ao Sistema Nacional de Transplante. Um Banco de Tecidos é responsável pela captação, manutenção e distribuição de ossos, tendões e tecidos. “Para este tipo de procedimento não há fila e a compatibilidade é muito mais simples por se tratar de um tecido com ausência de células. O material é submetido a um congelamento profundo, de menos de 70 graus Celsius, o que evita a contaminação”, diz Dr. Marcus Luzo, ortopedista do hospital.

Vale lembrar que o transplante ósseo é um recurso que pode ser recomendado em casos de Tumor ósseo, ao retirar a parte do câncer e colocar uma peça no lugar; Artrose de quadril ou joelho, pode ocorrer em pessoas que operam várias vezes e perdem osso; e Reconstrução do ligamento, após rupturas consecutivas ou quando teve comprometimento de vários ligamentos, comum em atletas com atividade de alto impacto, como jogadores de futebol.

Os cirurgiões ortopedistas, principalmente que trabalham com patologias envolvendo a articulação do joelho e quadril, são os profissionais capacitados para este tipo de procedimento e eles também precisam estar credenciados no Sistema Nacional de Transplante. “Nos Estados Unidos esta é uma técnica comum e muitas vezes utilizada como primeira opção. Por uma questão cultural, ainda existe uma certa resistência por parte de alguns pacientes no Brasil ao uso de um tecido proveniente de cadáver. O procedimento pode ser realizado em hospitais preparados e habilitados com total segurança”, explica Dr. Luzo.