O tratamento foi realizado de forma minimamente invasiva, reduzindo o tamanho da incisão e o tempo de internação
A equipe de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital Alemão Oswaldo Cruz realizou um procedimento para o tratamento de aneurisma isolado de artéria ilíaca comum (dilatação da artéria localizada na região pélvica), com o objetivo de preservação da artéria ilíaca interna (ramificação da ilíaca comum). O paciente era portador de um rim na região pélvica (variação anatômica) com a origem da artéria renal principal nesse vaso (ilíaca interna). Foi utilizado uma endoprótese desenvolvida especialmente para tratar esse tipo de aneurisma, preservando a artéria ilíaca interna.
Esse procedimento permitiu sanar a dilatação arterial de forma ambulatorial, assim como já acontece em países da Europa e nos Estados Unidos. O material utilizado é o único disponível nos Estados Unidos e foi recentemente introduzido no mercado nacional, portanto com poucos casos realizados no país e foi acompanhado pelo Dr. Ross Milner, chefe do serviço de doenças da aorta da Universidade de Chicago (EUA).
Por ser um procedimento percutâneo (minimamente invasivo), a colocação da endoprótese reduz o tempo de internação hospitalar e permite que o paciente retome rapidamente às atividades cotidianas. A abordagem cirúrgica convencional dos aneurismas da artéria ilíaca comum é feita por meio de incisões maiores no abdome do paciente para colocação de uma prótese convencional no lugar da artéria nativa. Este novo dispositivo permite que o acesso seja pelas virilhas com duas incisões de cerca de um centímetro cada até alcançar a região a ser tratada.
“A correção endovascular geralmente estendia o procedimento até a aorta para garantir maior fixação da endoprótese para reduzir os vazamentos sanguíneos. Agora, é possível tratar as dilatações ilíacas isoladamente, com maior segurança”, explica o Dr. Kenji Nishinari, cirurgião vascular do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.